Governo dos EUA impede Intel de vender chips à China

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O Tianhe-2 é o supercomputador mais rápido do mundo DR

As empresas de tecnologia Intel e Nvidia foram impedidas de vender chips a quatro centros chineses de construção de supercomputadores pelo Governo norte-americano. Washington considera que os aparelhos chineses estão a ser usados para actividades nucleares e atentam contra os interesses norte-americanos.

Os supercomputadores TianHe-1A e TianHe-2, dois dos mais rápidos do mundo, utilizam chips Xeon fabricados pela Intel, sendo que o TianHe-1ª usa ainda chips da Nvidia. No entanto, a partir de agora, as duas empresas estão impedidas de vender a sua tecnologia a quatro instituições chinesas, avança a CNN.

Tudo porque o Governo norte-americano concluiu que os quatro centros de supercomputação estão a “actuar de forma contrária aos interesses de segurança nacional dos Estados Unidos”, indica o site da estação de televisão.

Os supercomputadores podem ser usados para vários fins, entre os quais experiências científicas, explosões nucleares, previsões meteorológicas e a gestão de sistemas financeiros complexos.

Segundo uma deliberação do Departamento do Comércio dos Estados Unidos, citado pela CNN, o TianHe-1A e o TianHe-2 “estarão a ser usados em actividades de explosão nuclear”, sendo que essas actividades podem incluir o desenho, desenvolvimento e fabrico de armas nucleares. Nesse sentido, à Intel e à Nvidia foram negadas as licenças necessárias para a exportação de dezenas de milhares de Xeon e chips.

O TianHe-2 é considerado o supercomputador mais poderoso do mundo, estando no primeiro lugar numa lista dos 500 sistemas mais rápidos que é feita a cada seis meses por académicos. O complexo aparelho utiliza actualmente 80 mil chips para gerar mais de 33 petaflops de velocidade, ou seja, 33 mil milhões de milhões de cálculos por segundo. Ainda durante este ano, é esperado que o supercomputador seja submetido a actualizações técnicas que poderão levar a que tenha uma capacidade para gerar 110 petaflops.

A Intel recusou-se a comentar detalhadamente o caso, indicando apenas que irá respeitar o deliberado pela lei norte-americana. A Nvidia manteve-se em silêncio.

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