BMW junta forças com Intel e Mobileye para fabricar carros autónomos

As três empresas esperam colocar a nova linha de carros autónomos nas estradas em 2021.

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A apresentação da parceria aconteceu esta sexta-feira na cidade alemã de Munique CHRISTOF STACHE/AFP

Depois da Ford, em parceria com a Google, da Uber, da Tesla Motors, da Apple e da General Motors chega a vez de a BMW anunciar que irá apostar no desenvolvimento de carros autónomos. A empresa multinacional alemã irá unir-se à Intel e à empresa tecnológica isreelita Mobileye. As três empresas esperam lançar a primeira série de carros autónomos em 2021.

“O caminho para um mundo completamente autónomo é complexo e irá requerer respostas adequadas que integrem toda de forma inteligente todos os sistemas em rede, desde o trancar de portas aos sistemas de base de dados”, sublinham as três empresas no comunicado conjunto divulgado esta sexta-feira.

O objectivo da colaboração entre as três empresas é desenvolver soluções que permitam aos condutores não só tirarem as mãos do volante como, numa fase mais avançada, tirar os olhos da estrada ("eyes off", fase 3). O objectivo final é desenvolver a tecnologia a um ponto em que a circulação dispense qualquer atenção e permita ao condutor desligar-se da tarefa de condução por completo ("mind off, fase 4) e tornar-se totalmente dispensável ("driver off", fase 5). “O grupo da BMW, a Intel e a Mobileye acreditam que as tecnologias de condução automóvel irão tornar as viagens mais seguras e fáceis” , justificam. Mas apesar de os líderes das empresas de automóvel, tecnologia e indústria informática acreditarem que "a condução automática promete mudar as vidas e as sociedades para melhor”, os parceiros deixam avisos. “Os carros autónomos e tudo aquilo a que eles esteja ligado vão exigir um sistema electrónico poderoso e de confiança que os torne suficientemente inteligentes para circular em situações de tráfego intenso e evitar acidentes”, alerta Brian Krzanich, CEO da Intel.

Aliás, o objectivo, sublinham, é criar uma "nova geração de automóveis" preparados para circular não só em auto-estradas, mas também - e principalmente - em ambiente urbano.

Para os novos parceiros, o investimento na condução do futuro é quase uma obrigação. "As empresas de transporte do futuro devem aproveitar rapidamente a evolução tecnológica e colaborar com parceiros novos para se prepararem para as oportunidades disruptivas", afirmam.

Apesar de a parceria só prever colocar em circulação a linha de carros autónomos daqui a cinco anos, os testes com sistemas autónomos em estrada irão começar já no próximo ano. 

A notícia chega na mesma semana em que os EUA deram início às investigações de o primeiro acidente com um carro autónomo. Este não é o primeiro acidente com carros autónomos e veio relançar a discussão sobre a segurança deste tipo de veículos e do peso das escolhas dos programas de veículos sem condutor.

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