A Natalie Portman olhou-me e disse: “Não te amo. Nunca amarei”

Com a série Great Performers do New York Times, a realidade virtual também é realidade. Não é?

Foto
Natalie Portman em Perto Demais (2004), de Mike Nichols Reuters/HO

A influência dos vídeos a 360º na forma como veremos cinema ou televisão ainda está por aferir, mas os computadores e os dispositivos móveis já nos conseguem aproximar tanto das histórias que parece que estamos em cena com actores de renome em amena cavaqueira num bar, numa conferência de imprensa de um lutador ou num cerco policial.

Não é a primeira vez que a quarta parede vai abaixo e somos interpelados através da câmara. É a enésima. A diferença é que agora dispomos de óculos de realidade virtual que nos baralham os sentidos e parecem transportar-nos para a acção – mais do que para o plateau.

Se puder, talvez queira fazer uma alteração de monta nas compras de Natal – e acrescentar à lista um par destes óculos. O New York Times terá à sua espera um conjunto de experiências imersivas, com mais um capítulo da série Great Performers (onde vimos os voos lentos de Michael Fassbender ou Charlize Theron, e os “nove beijos” de outros tantos pares de Hollywood).

Desta vez, as estrelas são Kristen Stewart, Don Cheadle ou Casey Affleck. E é claro que os vídeos a 360º podem ser vistos sem os óculos, movendo-nos neles com o rato ou o movimento do telemóvel – mas o impacto é menor. Afinal, só assim Natalie Portman lhe dirá, olhos nos olhos, num inimaginável momento de intimidade: “Não te amo. Nunca amarei”.

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