Sindicalistas estiveram junto ao MEC para pressionar Nuno Crato

Sindicalistas não foram recebidos pelo Governo.

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Mário Nogueira pediu ao Parlamento para tomar medidas para que o Governo cumpra o regime da carreira Foto: PÚBLICO

Intimar o Ministério da Educação a cumprir a lei e reclamar a execução das quatro reuniões agendadas recentemente pelo Ministro da Educação Nuno Crato foram os principais motivos que levaram cerca de trinta sindicalistas à porta do Ministério da Educação e Ciência nesta tarde.

Entregar dois documentos a Nuno Crato era o objectivo dos sindicalistas que estiveram concentrados junto à porta do Ministério da Educação e Ciência [MEC] à espera de serem recebidos pelo Ministro da Educação, o que não aconteceu.

O primeiro tem que ver com as questões do amianto nas escolas. O segundo pretende que Nuno Crato responda por questões relacionadas com o financiamento dos colégios privados, com o funcionamento das escolas e com a vida dos professores.

“Há necessidade de eles [governo] divulgarem as escolas onde há amianto, pois é obrigatoriamente removido”, revelou Mário Nogueira, Secretário-Geral da Federação Nacional de professores.

Nuno Crato não revelou quais são as mais de 700 escolas que têm amianto, pelo que dão um prazo de dez dias. Se não tiverem resposta, prometem recorrer ao Tribunal Constitucional para que este “intime o ministério a dizer quais são as instituições”, ressalvou.

O segundo documento prende-se com a marcação de reuniões que têm como objectivo resolver assuntos directamente relacionados com os professores. “Nós vamos tentar ver se o Ministério, de facto, vai marcar reuniões para resolver questões tão simples como o cumprimento de uma directiva comunitária que manda vincular os professores, as questões do amianto, as questões da preparação do próximo ano lectivo, o financiamento público dos colégios privados, é um conjunto de matérias que cada vez vai sendo maior”, sublinhou Mário Nogueira.

Por volta das 15h30 decidiram que, como o Ministro da Educação Nuno Crato não ia marcar presença junto ao MEC por estar numa reunião no Palácio das Laranjeiras, os manifestantes dirigir-se-iam a esse local para lhe entregar o documento em mãos.

No entanto, o acto foi recusado, pelo que Mário Nogueira teve apenas oportunidade para falar com a assessora de imprensa de Nuno Crato.

Acerca de o facto de o Ministro da Educação marcar uma conferência de imprensa para a mesma hora em que deveria reunir com a FENPROF, Mário Nogueira afirmou: “esta fuga do Senhor Ministro da Educação tem que ver com o facto de, não tendo respostas para nos dar, decidir fazer qualquer coisa na hora em que deveria ouvir os professores e a FENPROF.”

Revelou ainda que Nuno Crato, que já não reúne com o sindicato desde o dia 22 de Março do ano passado, “marcou mais reuniões do que aquelas que tinha marcado nos últimos 6 meses.”

A reunião de 25 e de 28 de Fevereiro tem como objectivo a discussão do regime de concurso de vinculação extraordinária de professores. A reunião do dia 26 de Fevereiro com a FENPROF e a Federação Nacional da Educação (FNE) tem como mote a discussão de “três assuntos”, entre os quais “os currículos escolares, as actividades de enriquecimento extracurricular (AECS) e as questões da educação especial” e na reunião do dia 4 de Março, pretende-se discutir “as questões dos concursos”, sublinhou Mário Nogueira. 

Os manifestantes esperaram durante duas horas junto ao Junto à porta do Teatro Thalia.

“O Sr. Ministro não pode estar um ano sem aparecer, mesmo falando de assuntos como a praxe que têm importância, mas que não são tão relevantes como o do Ensino Superior”, ressalvou Mário Nogueira.

 

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