Cavaco “vende” Portugal como país com mão-de-obra “qualificada e flexível”

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O Presidente da República, Cavaco Silva, recusou ontem falar sobre o eventual aumento do salário mínimo tiago machado

Portugal é um país com uma localização competitiva, mão-de-obra e quadros altamente qualificados e flexíveis, um mercado concorrencial, com infra-estruturas físicas e tecnológicas de qualidade, e boas condições fiscais. Os termos são os do Presidente da República, que assim promoveu Portugal perante 23 empresários franceses, durante um pequeno-almoço esta terça-feira em Paris.

Numa intervenção de quase dez minutos em francês, no topo de uma mesa numa sala do luxuoso hotel George V, junto aos Campos Elíseos, com mais de duas dezenas de responsáveis por grandes empresas e fundos de investimento franceses, Cavaco Silva desfiou uma série de elogios às condições propícias ao investimento que Portugal oferece e descreveu sumariamente o que o Governo conseguiu em termos de contas públicas depois dos três anos do programa de ajustamento. Foi uma espécie de resumo do que afirmou na segunda-feira tanto na OCDE como aos representantes da comunidade portuguesa em França que se reuniram na embaixada.

“Nos últimos três anos, Portugal levou a cabo um programa de reformas estruturais profundas para corrigir os desequilíbrios macroeconómicos e orçamentais e melhorar a competitividade das empresas, para a construção de um ambiente amigo dos negócios e do investimento”, apontou o Presidente, acrescentando o cenário positivo no crescimento do PIB, o controlo do défice orçamental, a redução do desemprego, a progressão da balança externa.

“Portugal oferece, como sabem, uma localização competitiva para os investimentos. Tem uma mão-de-obra e quadros altamente qualificados e flexíveis num mercado concorrencial. Dispõe de infra-estruturas físicas e tecnológicas de qualidade – estradas, aeroportos e portos marítimos”, descreveu Cavaco Silva.

Nos últimos anos, “as prioridades do Governo foram a flexibilidade do mercado de trabalho, a formação profissional direccionada para a criação de emprego, a reforma fiscal, principalmente a redução dos impostos sobre as empresas, de 25% em 2013 a 21% em 2015, e 19% a 17% em 2016”, descreveu Cavaco Silva. A que se soma a “simplificação e melhoria da eficácia da justiça económica”.

Relembrou que o Governo lançou “com sucesso importantes dossiers de privatização”, exemplificando com o caso da Vinci que ganhou o concurso público de privatização dos aeroportos e navegação aérea.

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