Assembleia da República vota condenação ao Estado Islâmico

Voto é subscrito pelo PSD, PS e CDS-PP.

A Assembleia da República discute na sexta-feira um voto de condenação pelos actos praticados pelo autoproclamado Estado Islâmico, tendo o PSD manifestado hoje a convicção de que reunirá unanimidade.

 "O parlamento português não pode ficar imune a participar nesta discussão e a dizer claramente 'basta'. Nós não podemos ficar deslocados desta realidade que está tão perto da nossa porta e que exige uma afirmação muito clara de condenação", afirmou aos jornalistas o vice-presidente da bancada do PSD António Rodrigues.

O voto de condenação subscrito pelo PSD, PS e CDS-PP manifesta "repúdio" e "total condenação" pelos "actos de violência extrema perpetrados pelos jihadistas radicais do Estado Islâmico" e a apela à comunidade internacional para que "trabalhe em conjunto para que sejam encontradas formas de evitar e responder a este tipo de ameaças".

O documento não se refere à coligação internacional que está a ser constituída contra o Estado Islâmico (EI).

O Parlamento Europeu manifestou esta quinta-feira o seu apoio à constituição de uma coligação internacional contra a ofensiva do EI no Iraque e Síria, aprovando uma resolução que sublinha também a necessidade de cortar recursos aos extremistas.

Na resolução adoptada no hemiciclo de Estrasburgo, França, no último dia da sessão plenária desta semana, os eurodeputados condenam os assassínios dos jornalistas James Foley e Steven Sotloff e do funcionário de uma organização humanitária David Haines, expressando a sua profunda preocupação com a segurança de outros reféns em poder dos extremistas.

Manifestando-se a favor de uma coligação internacional contra o Estado Islâmico (EI), que já está a ser constituída, a assembleia apoia também a decisão de vários Estados-Membros no sentido de responderem positivamente ao apelo das autoridades regionais curdas para que lhes seja fornecido material militar com urgência, mas adverte para a necessidade de os países europeus aplicarem "medidas de controlo efetivas para evitar a disseminação descontrolada e a utilização de material militar contra civis".

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