Putin não teme a NATO. Teme a democracia
O confronto que hoje se trava entre o Ocidente e a Rússia é sobretudo entre democracia e autocracia. Como aconteceu quase sempre ao longo do século XX europeu.
1. No dia 27 de Janeiro, passaram 77 anos sobre a libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. O primeiro-ministro francês Jean Castex, acompanhado por dois sobreviventes franceses, fez uma visita ao campo e falou do “dever de memória” contra os “falsificadores” da História. Emmanuel Macron visitou recentemente Vichy e Oradour, uma aldeia onde foram massacradas 600 pessoas quase no fim da guerra, para denunciar os revisionistas da História. O presidente do Parlamento israelita desfez-se em lágrimas no final do seu discurso no Bundestag. Antes de falar diante dos deputados – um gesto inédito –, tinha acompanhado os líderes alemães numa cerimónia no Memorial do Holocausto, em Berlim, entre blocos de pedra nua e um silêncio impressionante. Um longo ensaio do historiador ucraniano Serhii Plokhy, intitulado “O Império Regressa” e publicado no Financial Times de sábado, descrevia as raízes profundas da crise ucraniana – um pouco da história trágica do seu país, vítima dos confrontos e das jogadas entre impérios e entre regimes políticos.
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