Técnicos de diagnóstico voltam a protestar em frente ao Ministério da Saúde

Greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica começou no dia 16.

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica vão voltar a manifestar-se em frente ao Ministério da Saúde nesta quarta-feira à tarde, ao mesmo tempo que mantêm a greve iniciada há uma semana.

A paralisação está a registar uma adesão da ordem dos 80%, segundo o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, que garante que o protesto está a afectar "praticamente" todos os serviços de saúde públicos. O deputado do Bloco de Esquerda que acompanha a área da saúde, Moisés Ferreira, anunciou entretanto que vai estar presente na concentração.

Na segunda-feira, o protesto dos técnicos de diagnóstico e terapêutica provocou tumultos na central de colheitas do serviço de patologia clínica do Hospital de Santo António, no Porto, por causa do número avultado e atípico de consultas que se foram acumulando, reportou o Porto Canal.

Nesse dia no Porto, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, admitiu que as preocupações dos técnicos de diagnóstico são “legítimas” e que “merecem todo o acolhimento”, mas sublinhou que não podem existir "regimes de excepção". Frisando que "há sempre hipótese de negociar”, o governante lembrou que “há reuniões marcadas", como a de dia 30 deste mês, com a estrutura sindical.

Mas o presidente do sindicato, Almerindo Rego, disse ao PÚBLICO que esta não é a resposta que pretendem. “Vamos parar até o Governo assumir a sua responsabilidade”, avisou. Almerindo Rego acentua que o sindicato aceita que a revisão salarial só comece a vigorar em 2018 e que apenas exige a imediata publicação da revisão da carreira.

A greve, adiantou entretanto o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica em comunicado, mantém-se com uma “forte expressão, acima dos 80% e os hospitais centrais estão paralisados”. A paralisação, acrescenta, está a afectar praticamente todos os serviços de saúde, “com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos clínicos, planos terapêuticos em curso e na distribuição de medicamentos”,

Questionado pelo PÚBLICO, o gabinete do ministro da Saúde explicou que “não avança com dados relativos a adesões a greves sem consolidar os números, um processo que costuma demorar sempre alguns dias”. Os principais hospitais do país também não disponibilizaram números da adesão destes profissionais.

O sindicato garante, em comunicado, que a greve está a afectar praticamente todos os serviços de saúde, “com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos clínicos, planos terapêuticos em curso e na distribuição de medicamentos”,

Em causa estão 18 profissões, desde farmácia a análises clínicas, anatomia patológica, radiologia, fisioterapia, terapia da fala e dietética, entre outras. São cerca de 10 mil profissionais, no total.

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