Dez mil imigrantes morreram no Mediterrâneo desde 2014

O ano de 2016 está a ser trágico. Desde Janeiro, registaram-se 2814 mortes.

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O número de mortes no mar Mediterrâneo não pára de aumentar

Mais de dez mil imigrantes perderam a vida no Mediterrâneo, quando tentavam chegar à Europa, desde 2014, divulgou esta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Em 2014, houve 3500 mortos no Mediterrâneo; no ano passado, 3771. A estes juntam-se as 2814 pesosas que já morreram este ano, precisou o ACNUR.

Desde 2014, o número de mortes no mar Mediterrâneo não pára de aumentar, indicou à AFP um porta-voz do Alto Comissariado. "São já mais de dez mil", disse, acrescentando que esse número foi ultrapassado "nos últimos dias", devido ao naufrágio de quatro embarcações na costa da Líbia e uma ao largo da ilha grega de Creta. Mais de 80 corpos de um dos naufrágios deram à costa numa praia da Líbia.

Por seu lado, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) também avançou números. Na sua contabilidade morreram desde o início do ano 2809 pessoas, um número superior ao que a organização tem para o primeiro semestre do ano passado, 1838.

"O número de mortos no Mediterrâneo em 2016 quase ultrapassa em mil pessoas o balanço do primeiro semestre de 2015 e ainda faltam três semanas até ao fim do primeiro semestre de 2016", indicou a OIM num comunicado.

A OIM também deu indicações sobre o naufrágio de um barco de imigrantes ao largo da costa de Creta. Com base nos testemunhos recolhidos, estima que entre 648 e 650 pessoas estavam a bordo; 320 desapareceram.

A 5 Junho de 2016, e desde Janeiro, avançou a OIM, 206.400 refugiados e imigrantes tinham chegado à Europa por mar, via Grécia, Chipre e Espanha.

 

 

 

 

 

 

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