MP acusou cinco arguidos de furto qualificado, infidelidade e burla informática

Entre 2006 e 2014, os arguidos ter-se-ão apropriado de mais de oito milhões de euros.

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Num dos casos citados, 2000 computadores foram infectados com vírus Kacper Pempel/Reuters

O Ministério Público (MP) acusou cinco arguidos de furto qualificado, infidelidade, burla informática e detenção de arma proibida, informou nesta sexta-feira o MP.

Entre 2006 e 2014, os arguidos ter-se-ão apropriado de mais de oito milhões de euros (8.042.565,18) acrescenta o MP.

De acordo com a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, duas arguidas que trabalhavam numa sociedade aproveitaram-se da confiança que os administradores depositavam nelas e fizeram transferências bancárias, através do sistema home banking, das contas do patrões para as suas contas bancárias ou de terceiros, alterando valores contabilísticos ou não os reflectindo na contabilidade.

As arguidas decidiram ainda solicitar a assinatura de cheques, que também assinavam para os depositarem em contas bancárias de que eram titulares em vez de os utilizarem para efectuar pagamentos da sociedade em que trabalhavam.

Segundo o MP, aproveitando-se da confiança que os patrões tinham nelas e do livre acesso às senhas bancárias e aos cartões-matriz das contas da sociedade para a qual trabalhavam, as arguidas entre os anos de 2006 a 2014 movimentaram livremente todas as contas bancárias da empresa, efectuando transferências para as suas contas bancárias e para as contas bancárias dos maridos e filhos de uma delas, que conhecia a situação e acedeu em participar nela.

Um dos arguidos foi ainda encontrado na posse de 50 munições de calibre 9mm.

Uma das arguidas encontra-se presa preventivamente e os outros quatro estão sujeitos à obrigação de se apresentarem, semanalmente, às autoridades policiais.

O inquérito foi dirigido pelo MP do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e a investigação executada pela PJ.

 

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