Zuckerberg “simpatiza” com a Apple na batalha contra o FBI

Líder do Facebook defende que criar uma "porta das traseiras" não é a opção correcta.

Foto
O fundador do Facebook durante a intervenção no Mobile World Congress, em Barcelona REUTERS/Albert Gea

Mark  Zuckerberg, fundador do Facebook, disse nesta segunda-feira que “simpatiza” com a Apple e com o seu patrão, Tim Cook, na batalha com a justiça americana pela confidencialidade dos dados dos seus clientes.

“Nós simpatizamos com Tim [Cook] e com a Apple”, disse Zuckerberg, durante uma muito aguardada intervenção no Mobile World Congress, em Barcelona.

“Eu não acho que exigir uma porta das traseiras da codificação vá aumentar a eficácia da segurança ou que seja a opção correcta”, acrescentou Zuckerberg.

Dois meses e meio depois do ataque terrorista em San Bernardino, na Califórnia, um tribunal ordenou à Apple que crie um programa para que o FBI possa desbloquear o iPhone usado por um dos atacantes. Alegando que as implicações dessa ordem são "arrepiantes", o patrão da Apple, Tim Cook, prometeu lutar contra as autoridades até ao fim.

Em causa está o acesso a dados gravados no telemóvel de Syed Rizwan Farook, o norte-americano que matou 14 pessoas no condado de San Bernardino, em Dezembro do ano passado, num ataque cometido com a sua mulher, Tashfeen Malik, uma paquistanesa que passou a maior parte da vida na Arábia Saudita. Os atacantes tinham jurado fidelidade ao Estado Islâmico (EI), mas não há indícios de que a operação tenha sido montada com ajuda externa – à semelhança de outros ataques, principalmente na Europa, terá sido planeado e organizado pelos próprios executantes, sob a influência da ideologia extremista do EI.

Depois de se envolver nesta batalha, a Apple já tinha recebido o apoio do Google.

 

Sugerir correcção
Comentar