PS à procura de um discurso claro

Uma das dificuldades do PS neste período de pré-campanha tem sido a capacidade de transmitir uma mensagem clara ao eleitorado. O partido conseguiu, com bastante mérito de Mário Centeno, esboçar um programa económico com pés e cabeça. Com um senão: como o próprio partido assume, as propostas não podem ser lidas de uma forma isolada, o que torna a interpretação do programa difícil e complexas as mensagens a passar. Por exemplo, o PS não pode colocar cartazes nas ruas a dizer que vai baixar a TSU, já que essa descida tem subjacente uma baixa das pensões no futuro. Como tal é necessário encontrar mensagens simples para transmitir ao eleitorado, em que se diga o que fará o PS de diferente se for governo. É este exercício de síntese que António Costa procura agora fazer com as cartas que está a enviar aos indecisos. Traça objectivos claros, sem a linguagem hermética dos modelos macroeconómicos.

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