Administrador do Grupo Lena já está em prisão domiciliária

Joaquim Barroca, indiciado por crimes de corrupção activa, branqueamento de capitais e fraude fiscal, estava em prisão preventiva no Hospital-Prisão de Caxias.

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O advogado Alfredo Castanheira Neves representa Joaquim Barroca Pedro Elias

O administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca Rodrigues suspeito de ser um dos principais corruptores do ex-primeiro-ministro José Sócrates, deixou esta quarta-feira o Hospital-Prisão de Caxias e regressou a casa onde aguardará o desenvolvimento do processo em prisão domiciliária com vigilância através de pulseira electrónica, adiantou fonte dos serviços prisionais. Joaquim Barroca Rodrigues estava em prisão preventiva naquele hospital-prisão devido a problemas cardíacos.

Ao sexto dia em prisão preventiva, o empresário regressou a casa, em Leiria, pelas 17h desta quarta-feira após decisão do juiz Carlos Alexandre no Tribunal Central de Instrução Criminal. O magistrado despachou a alteração da medida de coacção na sequência de um relatório dos técnicos de reinserção social e dos técnicos de vigilância electrónica, favorável à sua colocação em prisão domiciliária, que chegou terça-feira ao tribunal.

Joaquim Barroca Rodrigues tinha sido colocado em prisão preventiva na sexta-feira depois de ser detido e interrogado pelo juiz Carlos Alexandre. O magistrado salientou então no despacho que o empresário passaria a estar em prisão domiciliária logo que se reunissem as condições técnicas necessárias à instalação do equipamento de vigilância em casa do arguido. Joaquim Barroca está indiciado por crimes de corrupção activa, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

O empresário foi detido na quarta-feira à noite depois de buscas realizadas à sede do Grupo Lena, na Quinta da Sardinha, no concelho de Leiria, e ao domicílio. A detenção ocorreu no âmbito da Operação Marquês, que envolve José Sócrates, indiciado pelos crimes de fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capitais. O ex-primeiro-ministro está há cinco meses em prisão preventiva apesar de sucessivos recursos e de providências de habeas corpus interpostas por cidadãos e pelo próprio.

José Sócrates, classificou de “absurda” a acusação de que terá favorecido o Grupo Lena. Para sustentar a crítica ao Ministério Público, Sócrates assegurou, numa carta enviada ao socialista António Campos e que a SIC divulgou esta terça-feira, que, “em termos relativos, o Governo actual adjudicou a este grupo mais empreitadas de obras públicas do que o Governo socialista (0,36% em 2012, contra 0,25% em 2010), mantendo-se semelhante essa comparação para os anos de 2013 e 2014”.

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