A Casa Manoel de Oliveira, no Porto, continua disponível para venda, por ajuste directo, até ao dia 7 de Maio. Por erro, a Câmara do Porto anunciou que iria haver uma nova hasta pública do edifício que foi colocado a leilão a 7 de Maio do ano passado, mas fonte da autarquia veio, entretanto, corrigir a informação.

Em Abril de 2014, a câmara anunciou que ia colocar à venda as duas parcelas que constituem a Casa Manoel de Oliveira – um conjunto construído pelo município para o realizador falecido no início deste mês, mas que nunca foi utilizada. Projectada por Eduardo Souto de Moura, a obra foi lançada em 1998 e acabaria por custar à autarquia cerca de dois milhões de euros. O valor pedido pela câmara, na hasta pública do ano passado, rondava os 1,5 milhões de euros.

Há um ano não apareceu qualquer interessado na compra dos edifícios pensados para ser habitação e espaço de trabalho ou museu dedicado ao trabalho de Oliveira, e situados no gaveto entre a Rua Viana de Lima e a Rua de Bartolomeu Velho. Mas, o município não desistiu de vender o espaço e até ao próximo dia 7 de Maio os interessados podem tentar adquiri-lo, por ajuste directo, e partindo de um preço 5% abaixo do valor levado à hasta pública. Fonte da assessoria de imprensa da autarquia diz que esta "não põe de parte" a hipótese de vir a realizar uma nova hasta pública, caso não apareça um interessado até ao limite legal da tentativa de venda por ajuste directo. Contudo, realça, ao contrário do que foi publicado no sítio da internet da Câmara do Porto e da informação prestada ao PÚBLICO "não há qualquer hasta pública marcada" para este edifício.

A câmara e Manoel de Oliveira nunca conseguiram chegar a acordo para a ocupação da casa, que acabou por ficar vazia e a degradar-se, ao longo dos anos. Entretanto, em Novembro de 2013, a Fundação de Serralves e o realizador chegaram a acordo para que a Casa do Cinema Manoel de Oliveira seja instalada em Serralves, num edifício projectado por Álvaro Siza.

Actualização: Corrige a informação errada prestada pela Câmara do Porto sobre a existência de uma nova hasta pública.