Oposição republicana critica abertura a Cuba

“A política externa do Presidente Obama é de apaziguamento de ditadores autocráticos, bandidos, rufiões e adversários”, lamentou o senador Lindsey Graham.

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Senador Lindsey Graham atacou política externa do Presidente Barack Obama REUTERS/Harrison McClary

O Departamento de Estado já recomendou formalmente à Casa Branca que Cuba seja retirada da lista dos países patrocinadores do terrorismo, e o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já fez saber que tenciona acatar a recomendação e assinar legislação nesse sentido. Mas no Congresso de Washington, a oposição republicana, que goza de maioria legislativa, promete fazer todos os possíveis para dificultar ou até travar as iniciativas presidenciais de abertura ao regime cubano.

“A Administração está realmente a escrever um novo capítulo na política americana, mas infelizmente é um capítulo que vai contra os valores de democracia, liberdade e direitos humanos em que construímos o nosso país”, reagiu o senador republicano da Carolina do Sul, Lindsey Graham, um dos porta-vozes dos conservadores para a política externa e putativo candidato presidencial. “A política externa do Presidente Obama é de apaziguamento de ditadores autocráticos, bandidos, rufiões e adversários”, lamentou.

Pelo seu lado, o senador democrata Ben Cardin, que pertence ao comité de Relações Internacionais da câmara alta, elogiou as démarches da Casa Branca. “Os EUA têm agora uma oportunidade única para abrir um novo capítulo no relacionamento com Cuba”, observou.

Como frisou o conselheiro nacional de segurança Ben Rhodes, as manobras da Administração já nada têm a ver com mudança de regime. “Entramos num novo território, porque o enfoque anterior, baseado no isolamento, fracassou. Décadas de medidas punitivas não trouxeram o fim do regime. Além disso, os EUA já não estão no negócio de derrubar Governos na América Latina”, justificou.
 

  

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