Campanha com muitos decalques e algumas surpresas

Há candidatos que ainda não apresentaram programa eleitoral mas repetem propostas como um novo hospital. Coloigação que inclui dissidentes do PS quer regresso de Jardim

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Festa é sempre marcada pelo discurso contundente de Alberto João Jardim Foto: Miguel Silva/Contraluz

Poucas são as forças partidárias que apresentaram, ainda, um programa de governo tendo em vista as eleições de 29 de Março. A maioria publicitou medidas avulsas e pontuais. PSD e CDS foram os únicos até ao momento que estruturaram a candidatura.

A Coligação Mudança, liderada pelo socialista Victor Freitas, deu a conhecer as 12 medidas para os primeiros 100 dias de governo, caso vença as eleições, entre elas renegociar as verbas das PPP, renegociar a dívida da região em função do crescimento, implementar uma ligação marítima para o continente, reduzir as taxas aeroportuárias, parar a privatização da empresa de transportes públicos, devolver o Jornal da Madeira à Diocese e baixar o IRC das pequenas e médias empresas.<_o3a_p>

Todas estas ideias constam também do programa do PSD. Albuquerque pretende ainda reforçar as incompatibilidades dos deputados, reduzir o número de deputados, limitar a três mandatos consecutivos a eleição do presidente do governo, privatizar o Jornal da Madeira (cuja dívida atinge 50 milhões de euros), terminar com o Plano de Resgate e construir um novo hospital.<_o3a_p>

No programa do CDS, surge também a construção do novo hospital, a necessidade de crescimento económico, transportes aéreos e marítimos com preços inferiores aos atuais, apoios às empresas e fomento de consumo de produtos regionais. Ou seja, tudo se cruza. Até mesmo nos discursos. Todos querem dar a volta à Madeira.<_o3a_p>

A decisão dos eleitores terá muito a ver com as pessoas que lideram os projectos. No caso da Coligação Mudança, muitos socialistas criticaram desde início o facto de Victor Freitas se ter aliado a José Manuel Coelho do PTP, uma figura controversa que há menos de um ano colava cartazes no Funchal (campanhas eleições europeias) a parodiar o dirigente socialista ao colo de Jardim.<_o3a_p>

Há ainda o partido JPP, movimento de cidadãos que conquistou a Câmara de Santa Cruz nas últimas autárquicas, com o apoio de vários partidos, incluindo o PS, e que lança Élvio Sousa, actual presidente da Junta de freguesia de Gaula. O JPP aposta tudo nas questões sociais e na política de proximidade, enquanto que a CDU de Edgar Silva promete “rasgar” o PAEF, levar ao hemiciclo uma estratégia de combate à corrupção, mais uma proposta de aumento do salário mínimo e um programa de emergência social. <_o3a_p>

O BE de  Roberto Almada insiste na renegociação com a República e com os credores para que exista um perdão parcial da dívida.<_o3a_p>

O PND de Gil Canha é o único que continua a usar o humor e a sátira. A primeira medida apresentada foi vender a Quinta Vigia (presidência do governo). Os candidatos voltam a usar a figura do “Bexiga”, um actor que imitava Alberto João Jardim, e uma ambulância como transporte de campanha. <_o3a_p>

A Coligação Plataforma de Cidadãos, que vai à boleia do PPM e do PDA, composta sobretudo por ex-militantes do PS, preconiza um governo de salvação regional lançando Alberto João Jardim para candidato à presidência do governo dada “a sua experiência política”. <_o3a_p>

Segue-se o MAS, liderado por José Carlos Gonçalves Jardim,  familiar de Alberto João Jardim, e que escolheu  João Luís Fernandes, um vendedor de rua conhecido pelo “meias”, um homem ingénuo e frágil, para ocupar o cargo de presidente, facto que tem sido muito criticado. Para compor a lista, falta o PNR (Partido Nacional Renovador), encabeçado por António Araújo, muito virado para as questões ambientais enquanto dos lados do MRPP, Alexandre Caldeira, um ex-PCP, promete resgatar a autonomia.  <_o3a_p>

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