PSD e CDS dão a volta ao país para explicar Orçamento

Passos Coelho começa e acaba jornadas que se vão realizar em 19 distritais do partido.

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Passos Coelho: "Não vejo razões para novas medidas", Daniel Rocha

Governantes e dirigentes do PSD, bem como do CDS, vão percorrer vários pontos do país para falar sobre o Orçamento do Estado, em iniciativas separadas. A volta dos sociais-democratas começa esta segunda-feira, em Lisboa, com Pedro Passos Coelho e termina na próxima semana, no Porto.

Tal como em anos anteriores, o PSD organiza as jornadas sob o tema Consolidação, Crescimento e Coesão, nas 19 distritais, em que dirigentes e membros do Governo estão disponíveis para responder a perguntas dos militantes e de outros participantes.

“É aberto a todos os que quiserem, militantes, simpatizantes, e serve para explicar directamente o ponto em que estávamos em 2011 e o ponto em que estamos agora. Damos ali a cara”, afirma ao PÚBLICO o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa.

O primeiro-ministro e dois ministros Rui Machete (Cadaval) e Miguel Poiares Maduro (Viana do castelo) inauguram estas quartas jornadas nesta segunda-feira-feira à noite, em Lisboa. Ao longo da semana, outros ministros vão deslocar-se a outros pontos do país: Miguel Macedo (Santarém), Nuno Crato (Vila Real), Marques Guedes (Coimbra), Paula Teixeira da Cruz (Évora) e Moreira da Silva (Leiria), José Pedro Aguiar-Branco (Braga) e Maria Luís Albuquerque (Aveiro).

Passos Coelho encerra a volta na terça-feira da próxima semana, no Porto. Além do governante, está marcada uma intervenção de um dirigente local. Esses discursos são abertos à comunicação social, as perguntas e respostas que se seguem decorrem à porta fechada.

Uma volta semelhante será feita pelo CDS-PP, que já começou há duas semanas e teve uma das sessões em Lisboa com Paulo Portas, na passada sexta-feira. Os centristas apostam em três temas: Economia, crescimento e emprego. Mas o objectivo é o mesmo – explicar o Orçamento do Estado para 2015.

CDS faz “remake” de comício da JC
Com outro objectivo mas sem perder de vista as legislativas de 2015, o CDS vai relembrar esta terça-feira à noite um dos seus momentos fundacionais: o primeiro comício da Juventude Centrista (hoje Juventude Popular) no Teatro São Luiz, em Lisboa.

“Queremos relembrar que o CDS é um partido de resistência física e psicológica. É um partido que tem resistido politicamente até aos que diziam que ia desaparecer ou ficar confinado a uma expressão muito pequena”, afirma ao PÚBLICO Diogo Feio, vice-presidente e responsável pelas comemorações dos 40 anos do CDS.

Entre as intervenções previstas está a do Presidente, Paulo Portas, a do actual líder da JC, Miguel Pires da Silva, e a do antigo dirigente António Lobo Xavier, que esteve no São Luís nessa noite e que se filiou nesse dia no partido. Em 1974, o comício não chegou a acontecer, foi impedido “por forças extremistas” que perseguiram os militantes até à sede do partido, no Largo do Caldas, e a destruíram, recorda Diogo Feio. 

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