Mega-operação mundial contra pirataria informática termina com 97 detidos

Operação conjunta da Europol, Eurojust e FBI para interceptar utilizadores de vírus informáticos BlackShades.

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Num dos casos citados, 2000 computadores foram infectados com vírus Kacper Pempel/Reuters

Pelo menos 97 pessoas foram detidas durante uma operação em 16 países destinada a interceptar os criadores, vendedores e utilizadores de BlackShades, vírus informáticos utilizados para controlar computadores à distância, anunciou esta segunda-feira a Europol e a Eurojust.

As duas organizações avançam em comunicado que durante a operação anti-pirataria informática foram feitas 359 buscas a casas na Holanda, Bélgica, França, Alemanha, Reino Unido, Finlândia, Áustria, Estónia, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Chile, Croácia, Itália, Moldávia e Suíça.

Além das detenções, foram ainda apreendidos mais de 1100 aparelhos de armazenamento de dados. Entre os aparelhos estavam computadores, portáteis, telemóveis, routers, discos rígidos e pen drives. A esta lista juntam-se também uma quantidade de dinheiro não especificada, armas de fogo ilegais e droga.

O BlackShades é um vírus informático que permite ao utilizador controlar um computador à distância. Assim que é instalado, é possível aceder a documentos, fotografias e outros ficheiros, gravar todas as passwords digitadas e activar a webcam do computador alvo, sem que a vítima se aperceba destas operações.

Através deste vírus é ainda possível lançar um ataque de grande escala DDoS, ataques distribuídos de negação de serviço que consistem em enviar uma grande quantidade de pedidos de acesso a um ponto da rede. Dependendo da capacidade de resposta dos servidores, a avalancha de pedidos pode resultar em ligações mais lentas ou na impossibilidade de acesso.

A Europol exemplifica com o caso de um jovem de 18 anos que, a partir da Holanda, infectou 2000 computadores com BlackShades, conseguindo controlar as webcams para tirar fotografias a mulheres e raparigas.

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