Rússia pretende responder na mesma moeda às sanções da UE

União Europeia impôs mais sanções no final da semana.

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Soldados ucranianos ao largo da cidade de Sevastopol Vasily Fedosenko/Reuters

Depois de a União Europeia (UE) ter acrescentado novos nomes à lista das pessoas que consideram responsáveis pela crise na Crimeia, são agora 33, e de estar a preparar mais sanções económicas, a Rússia reagiu neste sábado. Declarou lamentar essas decisões mas afirmou que também se sente no direito de responder na mesma moeda.

"É uma pena que o Conselho Europeu tenha tomado uma decisão afastada da realidade. Acreditamos que é tempo de voltar ao terreno pragmático da cooperação que responde aos interesses dos nossos países", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Lukashévich. Contudo, acrescenta, "a Rússia está no seu direito de dar uma resposta adequada às acções tomadas".

Numa outra comunicação, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros declarou que tem esperança no sucesso da missão da Organização para a Segurança e Cooperação e Económica (OSCE) que vai enviar para a Ucrânia observadores internacionais numa missão de acompanhamento da crise naquele país.

Na sexta-feira, depois de várias tentativas falhadas, nas últimas semanas, a Rússia concordou em juntar-se aos 56 outros membros da missão da OSCE que terá a duração de seis meses. No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo declarou este sábado que a missão não terá acesso à Crimeia. "O mandato da missão reflecte a nova realidade política e legal e, por isso, não se aplica à Crimeia nem a Sevastopol, que se tornaram parte da Rússia", afirmou o governante, acrescentando que o seu país "espera que a objectividade e imparcialidade dos observadores ajude a ultrapassar a crise interna na Ucrânia, os nacionalismos e a erradicar as tendências ultra-radicais" que se vivem naquele país.

Os líderes europeus decidiram alargar para 33 a lista de personalidades alvo de sanções, a lista anterior incluía 21 nomes, e cancelar a próxima cimeira entre a União Europeia e a Rússia, prevista para Junho, além das cimeiras bilaterais entre estados-membros e aquele país.

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