NATO fora de uma ofensiva para castigar Damasco

Secretário-geral da Aliança Atlântica convicto da culpa do regime de Assad no ataque quimico de 21 de Agosto.

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“Se não reagirmos, estaremos a enviar uma mensagem muito perigosa a todos os ditadores do mundo” JOHN THYS/AFP

O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, disse estar “pessoalmente convencido” que o regime sírio foi responsável pelos ataques químicos que provocaram centenas de mortos no dia 21 de Agosto nos arredores de Damasco. Mas deixou claro, numa conferência de imprensa, que a Aliança Atlântica não deve “desempenhar um papel” numa futura intervenção militar internacional na Síria

“Pessoalmente, estou convencido de que aconteceu um ataque químico e que o regime sírio foi responsável por esse ataque”, disse Rasmussen aos jornalistas, explicando que teve acesso a informações “concretas” secretas que lhe foram fornecidas por países membros da NATO.

“Não há qualquer dúvida que a comunidade internacional deve reagir com vigor de modo a evitar novos ataques químicos no futuro”, disse o secretário-geral da NATO. “Se não reagirmos, estaremos a enviar uma mensagem muito perigosa a todos os ditadores do mundo”.

No entanto, Rasmussen não considera que a NATO deva “desempenhar um papel nesta crise”. “Nesta fase, os aliados estão a consultar-se e cabe a cada Estado decidir de que forma vai responder” a Bashar al-Assad. Para além disso, explicou, se a intervenção militar for “breve, com objectivos concretos”, não será necessário recorrer às estruturas militares da NATO, desenhadas para operações complexas de longa duração.

Na prática, a NATO já está no terreno, no Sul da Turquia, onde instalou mísseis Patriot para proteger aquele Estado membro de um eventual ataque vindo da Síria. E nesta segunda-feira, em jeito de aviso, Rasmussen recordou o princípio fundador da Aliança Atlântica: “Um ataque contra um aliado é um ataque contra todos”.
 
 
 
 
 
 
 

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