Schulz confirmado como candidato dos socialistas europeus à sucessão de Barroso

Foto
Schulz foi eleito durante o congresso dos socialistas europeus, em Roma Remo Casilli/Reuters

O alemão Martin Schulz foi eleito este sábado como candidato à presidência da Comissão Europeia, em Roma, pelos socialistas europeus (PSE), cujo mote para as eleições de Maio é "Europa muda de rumo".

O actual presidente do Parlamento Europeu foi eleito por uma maioria de 368 votos num total de 404, no X Congresso do Partido Socialista Europeu, que reuniu cerca de 800 delegados, incluindo todos os primeiros-ministros socialistas da União Europeia.

Na votação, Schulz teve dois votos contra e foram registadas 34 abstenções. Schulz já tinha sido indicado pelo grupo parlamentar dos Socialistas e Democratas (S&D) em Outubro.

Pela primeira vez, no âmbito do Tratado de Lisboa, os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) vão ter em conta os resultados das eleições europeias para a presidência da Comissão.

"A minha primeira prioridade como presidente da Comissão será o emprego", anunciou Schulz após a votação, acrescentado a ambição de "reduzir o fosso entre ricos e pobres, entre países grandes e pequenos".

"Perdemos o optimismo sobre o nosso futuro. Está na hora de agir, de lutar por uma Europa social e democrática", defendeu.

Actualmente, os sociais-democratas estão no poder de 11 dos 28 países da UE e, no Parlamento Europeu, o PSE soma 195 deputados contra os 275 do Partido Popular Europeu.

À excepção do Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita), as restantes famílias europeias têm perfilados os seus candidatos. Os liberais avançam com o belga Guy Verhofstadt (Olli Rehn também irá fazer campanha, mas deverá tentar outro lugar de destaque europeu), os verdes escolheram o francês José Bové e a alemã Ska Keller e a esquerda aposta em Alexis Tsipras, líder do grego Syriza.

Sugerir correcção
Comentar