Liberais europeus apresentam Guy Verhofstadt e Olli Rehn para a Comissão

O belga será candidato à presidência da Comissão Europeia e o finlandês deve apostar noutro cargo.

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Liberais avançam com Verhofstadt (esquerda) e Rehn (direita) Nicolas Maeterlink/AFP

O belga Guy Verhofstadt e o finlandês Olli Rehn vão liderar a campanha às eleições europeias da Aliança dos Liberais e Democratas pela Europa (ALDE). O anúncio foi feito este sábado durante a reunião do partido em Bruxelas.

Verhofstadt é o candidato à sucessão de Durão Barroso à frente da Comissão Europeia, enquanto Olli Rehn terá em vista outro cargo de relevo nas instituições europeias, provavelmente o Eurogrupo.

O partido esteve até agora profundamente dividido entre os dois nomes e decidiu não descartar nenhum. A decisão só pôde ser viabilizada após um acordo realizado entre Verhofstadt e Rehn durante a semana passada.

“Espero que façamos um duo dinâmico pelo movimento centrista e liberal europeu nesta eleição”, afirmou Olli Rehn, citado pela Euronews.

Verhofstadt já foi candidato e é sobretudo apoiado pelos liberais franceses, belgas, holandeses, luxemburgueses, austríacos e alguns eleitos britânicos e suecos. O antigo primeiro-ministro belga é considerado um federalista e é muito crítico da gestão da crise do euro.

O finlandês assumiu um papel de destaque precisamente nessa gestão como comissário europeu dos assuntos económicos e financeiros.

Com a escolha dos liberais fica apenas a faltar a nomeação do candidato dos conservadores europeus do PPE – à qual pertencem o PSD e o CDS. O ex-presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, é visto como um dos nomes mais fortes.

Os socialistas escolheram o alemão Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, os Verdes avançam com o francês José Bové e com a alemã Ska Keller e a esquerda aposta no grego Alexis Tsipras, líder do Syriza.

De acordo com as alterações do Tratado de Lisboa, o Parlamento Europeu elege o presidente da Comissão Europeia, tendo como base uma proposta do Conselho Europeu e cuja decisão terá de reflectir o resultado das eleições europeias de Maio.

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