Maioria dos franceses a favor de estatísticas étnicas

Simpatizantes da direita seriam mais favoráveis a mudança da lei.

Se é ilegal classificar os cidadãos franceses pela sua origem étnica, aparentemente a maioria não estaria contra uma mudança da lei para que isso passasse a ser possível. É o que conclui uma sondagem publicada neste sábado pelo diário Le Parisien: 55% dos franceses não rejeitam a utilização destas estatísticas, mas são sobretudo os que votam à direita que apoiam a ideia.

No entanto, 54% rejeitam o método utilizado pelo presidente da Câmara de Béziers – classificar os estudantes das escolas da cidade como cristãos ou muçulmanos de acordo com o apelido. Mas segundo o estudo feito pela empresa de sondagens Odoxa para o Le Parisien, a maioria dos eleitores de direita (68%) e da Frente Nacional, o partido com cujo apoio foi eleito o autarca de Béziers (77%), dizem não ter ficado chocados com este método.

De igual forma, são os eleitores de direita e extrema-direita a manifestarem-se mais favoráveis a que sejam recolhidas estatísticas com informações de origem étnica. Enquanto apenas 35% dos franceses que se assumem como sendo de esquerda concordam com a ideia, 78% dos eleitores de direita e 91% dos de extrema-direita (da Frente Nacional) concordam.

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