Dois fortes sismos atingem o Centro de Itália

O segundo abalo foi ainda mais forte do que o primeiro. Autoridades esperam luz do dia para avaliar danos, mas não há registo de mortos.

Fotogaleria
Imagens dos danos provocados pelo sismo em Visso Reuters/REUTERS TV
Fotogaleria
Imagens dos danos provocados pelo sismo em Visso Reuters/REUTERS TV
Fotogaleria
Imagens dos danos provocados pelo sismo em Visso Reuters/REUTERS TV
Fotogaleria
Imagens dos danos provocados pelo sismo em Visso Reuters/REUTERS TV
Fotogaleria
Imagens dos danos provocados pelo sismo em Visso Reuters/REUTERS TV

O Centro de Itália foi abalado nesta quarta-feira por dois fortes sismos e ainda por uma réplica de 4,6 já ao final da noite. O primeiro abalo aconteceu por volta das 19h10 locais (18h10 em Lisboa) em Macerata, com magnitude de 5,4 na escala de Richter e a menos de 10 quilómetros de profundidade. Por volta das 21h18 locais (mais uma hora do que em Portugal) foi sentido outro abalo na mesma zona com uma magnitude a rondar os 6,1, segundo a Reuters.

Já ao final da noite desta quarta-feira, a agência Ansa noticiou uma nova réplica em Visso, com magnitude de 4,6 na escala de Richter. Para o mesmo abalo, o Serviço Geológico dos EUA mediu uma magnitude de 4,9 na escala de Richter, assinala a Reuters. Apesar da magnitude dos sismos, a Protecção Civil italiana revelou que não existem vítimas mortais e as consequências parecem ser menos graves do que seria expectável.

"A situação não é tão catastrófica como poderíamos pensar no início", tendo em conta a magnitude dos sismos, afirmou Fabrizio Curcio, chefe da Protecção Civil. "Há alguns feridos e muito pânico", acrescentou.

Num primeiro momento, Curcio tinha dito que era necessário esperar pela manhã de quinta-feira. "Não é fácil fazer avaliações no escuro e o tempo está mau em toda a região. É preciso esperar pela luz do dia."

"Foi um terramoto muito forte, apocalíptico", afirmou Marco Rinaldi, presidente da Câmara de Ussita, após os primeiros abalos. "Muitas casas colapsaram. A nossa cidade acabou", acrescentou o autarca, citado pela AFP. "As pessoas estão a gritar e estamos sem electricidade", acrescentou em declarações à BBC.

O primeiro abalo foi sentido em Roma mas não existem ainda informações sobre possíveis danos. No entanto, os primeiros relatos deram conta de centenas de chamadas para os serviços de urgência e de que alguns edifícios históricos da capital italiana, como o Coliseu ou o Panteão, abanaram com o tremor sentido.

O epicentro do primeiro sismo foi em Castel Sant'Angelo, numa zona próxima onde se registou o terramoto de Agosto passado, que teve uma magnitude de 6,2 e foi registado a 10 quilómetros de profundidade, e que matou 300 pessoas. As localidades mais próximas e mais afectadas são Visso, Ussita e Preci, onde, segundo a imprensa italiana, a maioria dos habitantes saiu para a rua. No entanto, várias das localidades afectadas são isoladas e ficaram sem electricidade e, possivelmente, sem comunicações na altura do sismo. 

O jornal italiano La Stampa cita o Centro Nacional de Pesquisa italiano que diz que este não se trata de uma réplica do sismo de 24 de Agosto em Amatrice, mas sim uma nova falha e que deu origem ao abalo sentido no princípio da noite desta quarta-feira.

O jornal La Reppublica diz que o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, já entrou em contacto com a Protecção Civil e que cancelou as actividades marcadas para a noite desta quarta-feira.

Sugerir correcção
Comentar