Em Paris, a tradição dos cadeados do amor está quase a chegar ao fim

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PATRICK KOVARIK/AFP
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Uma campanha contra os cadeados do amor está a ameaçar o romantismo de um dos rituais mais populares naquela que é considerada a cidade mais romântica do mundo.

Em Paris, milhares de casais por ano selam o seu amor prendendo cadeados às grades da Pont des Arts e atirando as chaves ao rio Sena, acreditando que desta forma o amor durará para sempre. Não se sabe se o amor é eterno, mas quanto aos cadeados, a sua longevidade já está a criar problemas à estrutura da ponte.

A Pont des Arts, construída em 1804 durante o regime de Napoleão, tem, de acordo com o jornal The Guardian, cerca de 700 mil cadeados presos, com um peso de 93 toneladas, o que equivale aproximadamente ao mesmo que 20 elefantes em pé sobre uma ponte que foi projectada para o tráfego de pedestres.

As autoridades francesas pedem agora aos amantes desta tradição que adiram aos “cadeados virtuais”, conhecidos como love locks, de forma a manter a tradição, mas evitar que esta coloque em causa a segurança do monumento.

Lisa Anselmo e Lisa Taylor Huff, duas americanas a viver em França, decretaram guerra à tradição, que consideram “vandalismo” e lançaram um abaixo-assinado para acabar com os famosos cadeados em todas as pontes e monumentos da cidade.

O abaixo-assinado já tem cerca de 5000 assinaturas e além dos argumentos estéticos, de segurança e da própria herança histórica dos edifícios, defendem o fim desta prática também por razões românticas, uma vez que os cadeados oxidam e corroem-se não só a si, como também poluem o próprio ambiente, por isso a tradição é um “símbolo pobre do amor”.

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