É sábado o encontro histórico de Obama e Raúl Castro

Os dois presidentes conversaram ao telefone na quarta-feira. Espera-se um anuncio sobre a retirada de Cuba da lista de países patrocinam o terrorismo.

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John Kerry, reuniu-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodriguez Departamento de Estado dos EUA/AFP
O primeiro aperto de mão no funeral de Mandela, em Dezembro de 2013
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O primeiro aperto de mão no funeral de Mandela, em Dezembro de 2013 Kai Pfaffenbach/Reuters
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Não foram revelados detalhes sobre o que Kerry e Rodríguez falaram Reuters

É sábado o encontro histórico entre os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e dos Estados Unidos, Barack Obama. Na noite desta sexta-feira, os dois líderes estarão juntos na cerimónia de abertura da Cimeira das Américas, que decorre no Panamá, e no banquete de chefes de Estado que se segue.

Por si só, este dia passado em actividades cerimoniais já é histórico - não vai ser a primeira vez que os dois homens se vão cumprimentar, já o fizeram uma vez, de forma fugaz, em Pretória, no funeral de Nelson Mandela em Dezembro de 2013. Mas o clima vai ser muito diferente. Os dois países que cortaram relações em 1958, quando nasceu a Cuba revolucionária liderada por Fidel Castro - com Cuba a er mantida fora da Cimeira das Américas desde que esta nasceu, em 1994, por iniciativa de Bill Clinton -, estão em rota de reaproximação.

Em Dezembro do ano passado, Washington e Havana oficalizaram o regresso das relações bilaterais. E Obama e Castro vão dar os primeiros passos desta nova fase sem países isolados e países a isolar - e Cuba espera várias decisões, a mais importante delas o anúncio do fim do embargo à ilha das Caraíbas. Porém, a primeira deve ser a retirada do nome de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo.

O jornal The New York Times dizia, na edição desta sexta-feira, que Obama estava "muito perto" de tomar uma decisão sobre a lista. O Presidente dos EUA referiu-se a ela na terça-feira, na Jamaica, e as suas palavras deixaram entender que, na sua opinião, há dúvidas sobre se Cuba deve lá estar. "A nossa ênfase tem sido nos factos. Uma vez que esta é uma arma poderosa para isolar países que genuinamente apoiam o terrorismo, queremos garantir que quando damos essa designação a um país temos provas concretas de que é esse o caso", disse Obama.

Para preparar a cimeira, Obama e Castro conversaram ao telefone na quarta-feira, revelou uma fonte da Casa Branca que pediu anonimato à AFP. O encontro dos dois presidentes foi precedido por um primeiro encontro de alto nível entre representantes dos dois países. Na quinta-feira à noite, o secretário de Estado americano (responsável pela diplomacia) reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez. Não foram revelados detalhes sobre a reunião das duas delegações.

 

 

 

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