Austrália vai recolher "nas próximas horas" dois objectos que podem ser do avião desaparecido

Chineses também encontraram, noutro local, dois grupos de objectos: dois "relativamente grandes" e "vários mais pequenos e brancos".

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à procura do avião que desapareceu a 8 de Março AFP

Equipas australianas preparam-se para recolher dois objectos à deriva no Sul do Oceano Índico que poderão pertencer ao avião das linhas aéreas da Malásia que desapareceu no dia 8 de Março.

Pouco depois de o Governo australiano anunciar que tinha detectado os objectos, o primeiro-ministro da Malásia publicou no Twitter: "Recebemos uma chamada do primeiro-ministro australiano e dois objectos vão ser retirados nas próximas horas".

Trata-se de um objecto de forma arredondada e de outro que parece ter a cor laranja.

Na manhã desta segunda-feira, um avião chinês que participa nas buscas detectou vários objectos - distintos dos que os australianos encontraram - e foi anunciado que também estes podem pertencer ao aparelho que desapareceu a 8 de Março. A operação de aproximação a estes é, porém, muito complicada devido ao mau tempo na zona e à provável aproximação de um tufão.

De acordo com a agência noticiosa chinesa, Xinhua, a equipa que participa nas buscas (juntamente com outras de vários países) detectou dois objectos "relativamente grandes" e "vários objectos mais pequenos e brancos" espalhados numa área de "vários" quilómetros.

A Autoridade de Segurança Marítima australiana (AMSA) foi notificada sobre esta informação e navios começaram a dirigir-se para o local. A China enviou um navio quebra-gelo. Estava previsto que dez aviões fossem enviados para a zona onde os objectos foram detectados, que fica a 2500 km a sudoeste da Austrália. No total, os navios e os aviões estão a procurar o avião ou o que restará dele numa área de 68.500 quilómetros quadrados. As buscas nesta zona do Índico começaram na semana passada, depois de a Austrália ter anunciado ter detectado nos seus dados de satélite dois objectos de grande dimensão, o maior dos quais cerca de 24 metros.

Dados de satélite recolhidos pela França no fim-de-semana já tinham reforçado a tese de que o avião se despenhara no Sul do Índico.

Um sonar militar capaz de detectar sinais emitidos pelos localizadores das caixas negras a uma profundidade de até seis mil metros foi enviado para a zona das buscas pelo Pentágono.

O voo MH370 que desapareceu a 8 de Março saíra de Kuala Lumpur, na Malásia, e tinha Pequim (China) como destino. Levava 239 pessoas a bordo (a maioria cidadãos chineses) e os investigadores estão convencidos de que alguém a bordo (e com capacidade para operar um Boeing 777) o desviou da sua rota. Todos os sistemas de comunicação foram intencionalmente desligados e o aparelho poderá ter voado a baixa altitude e fora do alcance dos radares.

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