Amnistia Internacional lança flores ao Tejo a pensar nos que cruzam o Mediterrâneo

Homenagem esta terça-feira a partir das 17h30 em Lisboa

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Basta de "promessas vãs", diz a Amnistia Internacional ALBERTO PIZZOLI/AFP

A homenagem, que é também um “SOS à Europa”, vai decorrer esta terça-feira, dia 28 de Abril, em Lisboa, entre o Rossio e a Praça do Comércio. Está prevista uma marcha lenta e o lançamento de flores ao rio Tejo, no Cais das Colunas, em memória dos que morreram e dos que sobreviveram à travessia do Mediterrâneo.

“Basta de retórica, de promessas vãs e de medidas que apenas servem para salvar a cara”, diz a Amnistia Internacional Portugal em comunicado no seu site, apelando às pessoas para comparecerem na acção de rua que a organização está a organizar, marcada para o dia 28 de Abril. O evento terá dois momentos: uma marcha lenta desde o Rossio até à Praça do Comércio, a começar pelas 17:30h e o lançamento de flores ao rio, no Cais das Colunas, às 18.30h.

A Amnistia Internacional Portugal pretende desta forma homenagear as mais de 1700 pessoas que morreram este ano no mar Mediterrâneo a caminho da Europa, ao mesmo tempo que se solidariza com os sobreviventes e “apela aos líderes europeus para que ouçam o clamor que se espalha pelo mundo inteiro”.

O evento ocorre no seguimento da campanha e da petição lançadas em Março de 2014, sob o título de SOS Europa, as pessoas acima das fronteiras, uma iniciativa que pretende pressionar a União Europeia a “mudar as políticas de migração e asilo” e a “minorar os riscos de vida” dos que chegam ao continente europeu, sejam eles migrantes, refugiados ou candidatos a asilo.

No dia 23 de Abril, véspera da cimeira de emergência de chefes de UE, a Amnistia apresentou o relatório A vergonha profunda da Europa: falhanço em salvar refugiados e migrantes no mar, inserido na proposta de um plano de acção “imediato e eficiente” para a resolução da crise. As medidas tomadas nesse encontro de líderes europeus foram caracterizadas pela organização de direitos humanos como “uma solução que faz a Europa salvar a sua cara, mas não salvar vidas”.

O momento simbólico de lançamento de flores ao rio Tejo será o ponto alto da “chamada” de todos os “activistas, apoiantes e cidadãos” ao Cais das Colunas, para homenagear os que perderam a vida no Mediterrâneo.

 

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