A vaga de terror e o êxodo africano

Ontem, em Lisboa, a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Federica Mogherini, disse aquilo que há muito se tornou óbvio: a UE não deu a devida importância à situação na Líbia, mergulhada, desde a deposição e morte do ditador Khadafi, numa arrastada e incontrolável guerra civil. A verdade é que a Líbia e o Iraque, países onde a ingenuidade ocidental imaginava virem a florescer democracias, se tornaram incubadoras de hordas de assassinos que vão integrando o autoproclamado Estado Islâmico para, em seu nome, semearem o terror e a morte nos territórios (e são cada vez mais) que vão ocupando.  No reverso do seu sangrento avanço, cresce o êxodo africano rumo à Europa, que ameaça tornar-se imparável a partir da Síria. Ou seja: se nada for feito lá onde a guerra e o terror lavram, aumentará a vaga de refugiados, numa situação insustentável para todos. Saberá o mundo responder a isto?

Sugerir correcção
Comentar