No pensamento do Presidente francês esteve também a relação com a Alemanha, que não tem corrido da melhor forma.

François Hollande falou nesta terça-feira de três propostas que quer negociar com Berlim até ao próximo conselho franco-alemão, marcado para 19 de Fevereiro: uma “convergência económica e social” com uma harmonização fiscal, a começar pelas empresas; a coordenação das políticas energéticas, com a criação “de uma grande empresa franco-alemã para a transição energética” (uma espécie de Airbus da energia); e uma parceria franco-alemã para a defesa.

Nenhuma das três propostas de François Hollande será recebida de braços abertos pelo Governo alemão, cada vez mais interessado em dispor de mão livre para a energia e pouco entusiasmado com as missões militares que a França, corajosamente, leva a cabo no Mali e na República Centro-Africana a pedido da ONU. Recentemente, os chefes da diplomacia europeia prometeram um apoio mais significativo para esta última, que pode incluir uma missão de “manutenção da paz”, depois de os 1600 soldados franceses terem conseguido impor alguma ordem no terreno.