Vendas no comércio a retalho melhoraram em Maio

Comércio de produtos alimentares inverteu a trajectória e impulsionou o índice.

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O índice de produtos alimentares cresceu 2,1% em relação a Maio de 2013 Pedro Martinho

O volume de negócios no comércio a retalho, que esteve em queda durante três meses consecutivos, inverteu a tendência em Maio, graças a uma recuperação das vendas de produtos alimentares.

O índice de vendas cresceu 2,8% em relação a Abril e 1,6% face a Maio do ano passado, segundo dados publicados nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em Fevereiro, Março e Abril registou-se uma quebra no volume de negócios em cadeia, para agora se registar uma recuperação, ainda que menos expressiva do que a única variação positiva que se registara este ano, em Janeiro.

Na comparação com os primeiros meses de 2013, a evolução do volume de negócios é positiva. Só em Abril é que se registou uma queda nas vendas, de 0,5%, sendo em Maio retomada a tendência de crescimento dos primeiros meses deste ano.

O índice de produtos alimentares, que recuara 2,5% em Abril face ao mesmo mês de 2013, cresceu agora 2,1%, enquanto o agrupamento de produtos não alimentares cresceu 1,3%, depois de um aumento homólogo de 1% no mês anterior.

A variação é mais expressiva quando se excluem da análise as vendas de combustíveis. Deixando de fora este segmento, os dados do INE mostram um crescimento mensal do índice de 3,3% e uma variação homóloga de 2,1%.

Indústria tem recuo ligeiro

Na indústria, a produção registou o movimento contrário. Depois de um forte crescimento em Abril, quer na comparação mensal, quer homóloga, o índice caiu em Maio.

As intensidades foram diferentes: enquanto face a Abril a diminuição é muito ténue – uma queda de 0,1% –, o comportamento da produção industrial em relação a Maio do ano passado é significativa, ao registar-se uma contracção de 2,2%.

O recuo foi influenciado sobretudo pela queda na produção industrial no sector da energia, que se manteve a trajectória de queda.

A produção de bens de consumo e de bens de investimento cresceu face ao mesmo período do ano passado, mas menos do que em Abril. Enquanto no primeiro segmento o ritmo de crescimento passou de 8,9% para 1,6%, no segundo, a desaceleração foi mais forte, com a progressão a passar de 11,3% para 3%.

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