As receitas das portagens nas autoestradas portugueses cresceu, nos primeiros seis meses do ano, para 145,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 12,2 milhões de euros face ao mesmo período de 2013, ou 9,3%.

Mesmo assim, como se verificou, também, um aumento dos encargos globais associados a estas infraestruturas rodoviárias, a taxa de cobertura das receitas face aos custos manteve-se nos 23% que se verificavam no final dos primeiros seis meses do ano passado.

Segundo os dados divulgados esta terça-feira pela empresa pública estradas de Portugal, o aumento das receitas das portagens foi extensível a todas as auto-estradas do país, mas a Via do Infante, no Algarve, merece destaque porque foi aquela que evidenciou um crescimento mais substancial em termos percentuais (21%).

Seguem-se a A23 (beira Interior), com um aumento de 20% nas receitas de portagens, para 19,7 milhões de euros e de 8% no Norte Litoral, onde a cobrança atingiu os 4,7 milhões de euros (mais 8%). No Interior Norte, o crescimento é de 7%.

"No caso das subconcessões", adianta a Estradas de Portugal, "o total de receita de portagens foi de apenas 7,4 milhões de euros". Estas auto-estradas (Pinhal Interior, Transmontana, Litoral Oeste e Baixo Tejo) estão este ano em pleno serviço, mas representam "somente 5% das receitas com portagem da Estradas de Portugal".

No caso das infraestruturas que servem os grandes centros urbanos, a receita ficou abaixo da média (6%), embora a Estradas de Portugal afirme que este crescimento foi conseguido através "da progressiva recuperação dos níveis de utilização das autoestradas que se tem verificado, aliada à melhoria na eficiência dos sistemas de cobrança e aumento dos níveis de pagamento pelos condutores de veículos de matrócula estrangeira".