PT e Oi dão os últimos passos para a fusão

Accionistas devem aprovar, nesta quinta-feira, aumento de capital em assembleia geral extraordinária

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Nova empresa terá sede no Rio de Janeiro e será quotada nas bolsas do Brasil, Nova Iorque e Lisboa Rui Gaudêncio

Já em Fevereiro, o presidente executivo e do conselho de administração da PT, Henrique Granadeiro, tinha garantido que a fusão com a Oi se estava a desenrolar dentro do calendário previsto, devendo estar concluída no segundo trimestre. Para tal, o aumento de capital terá que ser hoje aprovado pelos accionistas das duas operadoras em assembleias-gerais extraordinárias com um ponto único na ordem de trabalhos: a deliberação sobre a participação no aumento de capital da Oi, mediante a contribuição dos activos que constituem a totalidade dos activos operacionais detidos pelo Grupo Portugal Telecom e responsabilidades inerentes. A excepção são as acções da própria Oi, as acções da Contax Participações e da Bratel BV detidas directa ou indirectamente pela PT.

Para efeitos de subscrição do aumento de capital foi estabelecido pelo conselho de administração da Oi um valor para os activos PT de 1,750 mil milhões de euros. Os accionistas irão deter 38,1% do capital social circulante e com direito de voto da CorpCo. O 'pricing' da oferta está previsto para 16 de Abril e a liquidação financeira para 26 do mesmo mês.

A fusão dará lugar àquela que será a maior operadora lusófona de telecomunicações e uma das 20 maiores do mundo.
Designada vulgarmente por CorpCo, a nova empresa ainda não tem nome, mas o futuro presidente executivo, Zeinal Bava (atual presidente executivo da Oi e da PT Portugal), diz que "terá um nome que lhe transmita um carácter e uma ambição global".

A nova empresa vai ter sede no Rio de Janeiro e ser cotada na bolsa brasileira, Bovespa, em Nova Iorque, a NYSE, e na Euronext Lisbon. Cobrirá uma área geográfica com cerca de 260 milhões de habitantes, possuindo mais de 100 milhões de clientes, 30 mil colaboradores e estará presente em quatro continentes. As sinergias estimadas com a fusão atingem cerca de 1,8 mil milhões de euros.