Produção de Compal em Angola arranca no terceiro trimestre

Unidade industrial nos arredores de Luanda também vai produzir Sumol no final do ano. Empresa aumentou em 19% as vendas no primeiro trimestre

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Sumol+Compal teve lucros de um milhão de euros no primeiro trimestre Daniel Rocha

A Sumol+Compal prepara-se para arrancar com a produção de sumos Compal em Angola no terceiro trimestre, e de Sumol no final do ano. A empresa portuguesa investiu 9,3 milhões de euros entre Janeiro e Março, a grande maioria, na nova fábrica de produção e embalamento de sumos, néctares e refrigerantes naquele que é seu principal cliente fora de Portugal.

“Os trabalhos de reconversão da unidade industrial do Bom Jesus, nos arredores de Luanda, estão a evoluir de acordo com o planeado, sendo expectável o início da produção local de Compal no terceiro trimestre deste ano e de Sumol no final deste exercício”, lê-se no comunicado que a Sumol+Compal submeteu, nesta sexta-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em finais do ano passado, a Copagef, empresa do grupo Castel, de capitais franceses e accionista da cerveja angolana Cuca, comprou 49,9% do capital da Sumol+Compal Marcas por 88,2 milhões de euros. O grupo Castel é um dos maiores produtores mundiais de cerveja e refrigerantes e o segundo maior em África (tem uma participação dominante na Companhia da União de Cervejas de Angola, dona da Cuca) e, com o novo accionista, a empresa portuguesa pretende expandir o negócio neste continente.

“O esforço na diversificação geográfica de mercados tem dado sinais positivos,  designadamente em África, capitalizando na forte presença que a Copagef (novo parceiro na estrutura accionista da Sumol+Compal Marcas) tem nestes mercados, tendência que se espera ver consolidada ao longo do exercício”, refere no comunicado.

Entre Janeiro e Março, a Sumol+Compal teve lucros de um milhão de euros, que comparam com prejuízos de 1,1 milhões registados no mesmo período de 2014. As vendas totais somaram 71,5 milhões de euros, mais 19% face ao primeiro trimestre do ano passado, reflexo do crescimento da facturação na ordem dos 11,2% em Portugal (46,7 milhões de euros) e de 37% nos mercados externos (24,8 milhões de euros).

A expectativa é continuar a aumentar vendas fora de Portugal mas a evolução em Angola poderá estar “condicionada pela eventual introdução de quotas à importação de bebidas de alta rotação e pela escassez de divisas”. A construção de uma fábrica local é, por isso, importante para a empresa portuguesa garantir a produção e o abastecimento ao seu principal cliente.

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