Japonesa Sharp pondera deixar de vender LCDs na Europa

Quota de mercado de apenas 1,6% leva empresa a desfazer-se dos seus activos em território europeu.

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Sharp tem uma quota de mercado de 1,6% na Europa Yoshikazu TSUNO/AFP

A japonesa Sharp poderá deixar de produzir e vender directamente televisores LCD na Europa, depois de anos a perder quota de mercado. O jornal económico Nikkei Asian Review avança que a empresa, uma das pioneiras nesta tecnologia, está também em negociações com a turca Vestel para transferir a comercialização e produção de microondas e outros pequenos electrodomésticos na Europa.

Em 2007, a Sharp investiu numa fábrica de LCD (televisores que usam uma tecnologia de cristal líquido para exibir imagens) na Polónia, mas no ano passado a sua quota de mercado não ia além dos 1,6%, refere a publicação. A intenção é delegar noutras empresas a venda e produção dos televisores e, em troca, receber comissões pelo uso da marca em território europeu. A Vestel, por exemplo, já produz para outras marcas japonesas.

Cerca de 60% das vendas da Sharp são obtidas fora do Japão, das quais 8% vêm da Europa. Estados Unidos e China são os principais clientes.

A empresa está também a ponderar sair da parceria que formou com a eléctrica Enel para a construção de parques de energia solar. De acordo com a AFP, o negócio será vendido ao parceiro italiano por 22 milhões de euros.

Face às notícias avançadas nesta sexta-feira, as acções da Sharp ganharam 0,90% na Bolsa de Tóquio.

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