Indicador de clima económico sobe para máximo desde 2008

Dados do INE mostram que a confiança aumentou entre as empresas, em Maio, mas caiu entre os consumidores.

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Consumidores estão mais pessimistas quanto à capacidade de poupar Nuno Oliveira

O indicador de clima económico subiu em Maio para o máximo desde o mesmo mês de 2008, mantendo a trajectória de subida iniciada em Janeiro de 2013, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). A evolução do indicador (que está nos 1,1 pontos, que comparam com 0,1 pontos, em Maio de 2014) reflecte o aumento de confiança entre as empresas da indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços.

Segundo o INE, o indicador de confiança da indústria transformadora aumentou em Maio graças ao contributo positivo das apreciações sobre a procura, atingindo o máximo desde Abril de 2008. A confiança entre as empresas do sector da construção também recuperou em Maio, graças à evolução das opiniões sobre a carteira de encomendas (ainda que o saldo das expectativas de emprego tenha diminuído).

No comércio, o indicador de confiança atingiu o valor mais elevado desde agosto de 2011, puxado pelas perspectivas das empresas quanto à evolução da actividade. Uma evolução semelhante à registada no sector dos serviços, onde o indicador de confiança subiu para máximos de Junho de 2008.

Em contrapartida, o indicador de confiança dos consumidores diminuiu em Abril e Maio, pondo um travão no “acentuado perfil ascendente observado desde o início de 2013”, refere o INE. Os consumidores estão menos pessimistas quanto à situação económica do país e quanto ao desemprego nos próximos 12 meses e mais optimistas quanto à situação financeira dos seus agregados familiares, no entanto, as perspectivas das famílias relativamente à evolução da poupança continuam a ser negativas e a pesar no indicador de confiança.

Sentimento económico estável na zona euro
O indicador de sentimento económico (ISE) manteve-se praticamente inalterado em maio tanto na zona euro como na União Europeia (UE), segundo os dados hoje divulgados pela Comissão Europeia.
Já em Abril este indicador se tinha mantido estável. Assim, em Maio, o ISE ficou nos 103,8 pontos na zona euro e nos 106,4 no total dos 28 países da UE.

Em Portugal, depois de dois meses consecutivos de aumento, o indicador desceu de 106 pontos em Abril para 103,6 em Maio. A única melhoria deu-se no sector da indústria e entre os consumidores, tendo a confiança piorado nos serviços, comércio a retalho e construção.

Quanto aos dados agregados dos 19 países que partilham a moeda única, o ESI ainda apresentou melhorias nos sectores dos serviços, comércio a retalho e construção, que foi minimizada pela queda da confiança dos consumidores, que se reduziu pelo segundo mês negativo.

Entre as maiores economias da zona euro, destaque para o avanço do indicador na Holanda (0,9), França (0,7) e Alemanha (0,5) e a queda de Itália (-0,4). Também hoje foi divulgado o indicador do clima de negócios para a zona euro, que em Maio caiu ligeiramente, 0,05 pontos para 0,28. Para este indicador não existem dados desagregados por Estado-membro.

 

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