Fed vai manter taxas de juro inalteradas "durante um período considerável"

As taxas de juro estão entre zero e 0,25% desde o final de 2008.

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Janet Yellen, presidente da Fed REUTERS/Brian Snyder

A Reserva Federal (Fed), banco central norte-americano, decidiu hoje deixar inalteradas as suas taxas de juro e afirmou que vai mantê-las "durante um período considerável".

A decisão foi anunciada em comunicado no final da reunião de dois dias do comité de política monetária da Fed, que continua a dizer que as taxas se manterão próximas de zero "durante um período considerável".

Alguns analistas consideravam que numa altura em que a recuperação da economia dos Estados Unidos se mostra mais vigorosa, o banco central poderia dar sinais sobre quando iniciaria a subida dos juros e abandonar a formulação "durante um período considerável", geralmente interpretada como uma promessa de que se manterão por um período de seis meses.
A Fed explicou que quer ser "paciente" antes de iniciar a subida das taxas e referiu que segue "de perto" a evolução da inflação. As taxas de juro estão entre zero e 0,25% desde o final de 2008.

Três membros do comité votaram contra a mensagem de orientação monetária, o que não acontecia desde Setembro de 2011. O comunicado refere que a expansão económica tem registado "um ritmo moderado", mas assinalam que a inflação se mantém abaixo da meta de 2%, "o que reflecte em parte a queda dos preços da energia", e que a recuperação do sector imobiliário tem sido "lenta".

A Fed salientou também que o mercado laboral tem melhorado nos Estados Unidos. Em Novembro, a taxa de desemprego ficou em 5,8%, o nível mais baixo em seis anos. Nas previsões económicas divulgadas hoje, a Fed indica que em 2015, a inflação pode descer para 1%, quando em Setembro antecipava 1,6%.

Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e ao desemprego, as previsões são mais optimistas.
No último trimestre de 2014, o PIB poderá crescer a um ritmo anual entre 2,3% e 2,4%, quando em Setembro esse intervalo estava entre 2% e 2,2%. Em relação ao desemprego, a previsão para 2014 passou a ser de 5,8% (quando a anterior previsão estava entre 5,9% e 6%) e a tendência descendente deverá continuar em 2015.

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