Consumo privado recuou 3,5% em Março

Actividade económica caiu ao mesmo ritmo nos três primeiros meses do ano. O consumo privado teve em Março a menor queda em 21 meses.

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Em 2012, a queda do consumo foi mais forte do que a diminuição do rendimento disponível Paulo Pimenta

A queda do rendimento disponível dos contribuintes está a pressionar o consumo privado, que se mantém em queda há mais de dois anos – completou em Março o 28.º mês consecutivo em baixa, quando atingiu uma diminuição de 3,5%, a mais branda desde Agosto de 2011.

Neste ciclo de contracção da economia portuguesa, as descidas mais fortes no consumo privado aconteceram em Janeiro e Fevereiro de 2012, altura em que o recuo deste indicador medido pelo banco central chegou a 6,1%.

Com o sentimento económico em baixa e o indicador de confiança dos consumidores em queda – seja na indústria, na construção, no comércio a retalho ou nos serviços –, a actividade económica está em terreno negativo há 25 meses sem interrupção. Em Março, voltou a cair, mas ao mesmo ritmo de Janeiro e Fevereiro (1,6%).

Foi, aliás, pelo corte a fundo no consumo em 2012, mais forte do que a diminuição do rendimento disponível, que a taxa de poupança das famílias atingiu o valor mais alto em 14 anos (11,6% segundo dados do Instituto Nacional de Estatística).

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