Assunção Cristas quer duplicar peso do mar no PIB até 2020

A ministra revelou existir um envelope financeiro de 400 milhões de euros do Fundo Europeu dos Assuntos do Mar e das Pescas.

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A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse nesta quarta-feira, no Funchal, que Portugal quer duplicar até 2020 o peso da economia do mar no Produto Interno Bruto (PIB).

"Na estratégia nacional do mar, temos um objectivo muito claro e quantificado até 2020 que é duplicar o peso da economia azul no PIB português e, para isso, precisamos do contributo de todas as regiões do país e, particularmente, daqui, da Madeira", disse a ministra no seminário Factores de Competitividade do Mar, organizado pela Associação Comercial e Industrial do Funchal.

Segundo Assunção Cristas, "Portugal deve virar-se cada vez mais para o mar", até porque a "vocação marítima está no sangue de todos" e precisa de se lhe "dar uma dimensão mais económica".

"Há muitas oportunidades na área do mar, seja na parte do turismo náutico, seja na parte dos desportos, seja da valorização do pescado e da aquacultura", disse, defendendo ser necessário "juntar esforços, trazer o conhecimento e a investigação, arregaçar as mangas e mergulhar a fundo no mar para trazer riqueza para todos".

A ministra revelou existir para isso um envelope financeiro de 400 milhões de euros ao abrigo do FIAM - Fundo Europeu dos Assuntos do Mar e das Pescas.

No que diz respeito ao alargamento da extensão da plataforma continental, a ministra realçou que a mesma "está a seguir os seus trâmites" e que aguarda a constituição do subcomité que vai analisar a proposta portuguesa, o que deverá acontecer em 2015. "Há um processo político em marcha que dará resultados no médio prazo", acrescentou.
À margem do seminário, a ministra, questionada sobre a eventual devolução a Bruxelas de fundos comunitários respeitantes ao período 2006-2010, asseverou que "neste momento não se perspectiva nenhuma devolução de fundos comunitários, nem no domínio da agricultura, nem no domínio do mar. Estamos a trabalhar para devolver nada a Bruxelas".

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