Actividade privada progride na zona euro em Novembro mas dá sinais de desaceleração

Empresa de serviços de informação financeira Markit.diz que é preciso cuidado para que zona euro não entre de novo em recessão.

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As periferias da zona euro têm falhado em impor o seu interesse comum, mas não outros grupos de países KATARINA STOLTZ/REUTERS

A actividade privada continuou a progredir em Novembro na zona euro, mas mostrou ligeiros sinais de desaceleração pelo segundo mês consecutivo, pondo em evidência a fragilidade da recuperação, anunciou nesta quinta-feira a empresa de serviços de informação financeira Markit.

O PMI (Purchasing Managers Index) composto da zona euro atingiu 51,5 em Novembro, contra 51,9 em Outubro, segundo uma primeira estimativa publicada pela Markit.

Este valor é o mais baixo nos últimos três meses, mas contudo fica acima da zona de contracção pelo quinto mês consecutivo.

Um índice PMI inferior a 50 pontos significa contracção, enquanto um superior indica expansão da actividade.

“Este novo recuo do índice PMI pelo segundo mês consecutivo deixa antever que o Banco Central Europeu [BCE] fez bem em baixar a taxa de juro directora para níveis mínimos históricos na última reunião”, a 07 de Novembro, refere o economista chefe da Markit, Chris Williamson.

O BCE baixou a 07 de Novembro a taxa directora para 0,25%, o nível mais baixo de sempre, quando na zona euro se verifica uma taxa de inflação baixa e uma recuperação frágil.

Para o economista da Markit, este novo recuo do crescimento deverá “incitar os responsáveis políticos a adoptarem novas medidas para evitar que a zona euro entre de novo em recessão”.

O índice composto PMI da Markit é calculado com base em inquéritos a cerca de 5000 empresas que operam na zona euro.

 

 

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