O consulado-geral de Portugal em Paris está a tentar obter informação das autoridades francesas sobre a identidade dos feridos, dos reféns e das vítimas mortais, contou ao PÚBLICO o cônsul-geral de Portugal em Paris.

"Estamos em contacto com as autoridades francesas, mas ainda não nos disponibilizam qualquer informação sobre o assunto", afirmou Paulo Pocinho, acrescentando que a equipa do consulado está já de prevenção. Não houve ainda pedidos de informação de portugueses residentes em Paris sobre familiares.

De acordo com informação recolhida pelo deputado socialista pelo círculo da Europa, Paulo Pisco, existe a suspeita de, além dos tiroteios, terem sido registados alguns atentados suicidas. Pelo que se conhecia pouco antes das 23h de Lisboa (24h em Paris), estão já confirmados 60 mortos.

O caso assume o perfil de atentados terroristas que têm como objectivo atingir indiscriminadamente a população civil. “Aquela zona dos 10º e 11º bairros nos arredores de Paris costuma ter muita gente nas ruas e locais de entretenimento nas noites de final de semana”, tornando-a propícia para cenários deste género, aponta Paulo Pisco.

Tendo em conta o elevado número de portugueses de primeira e segunda geração que vivem e trabalham em Paris, em especial no sector da hotelaria e restauração, será muito provável que possam existir portugueses entre as vítimas.

O PÚBLICO está a tentar, sem sucesso, contactar o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.