PÚBLICO atinge os 100 mil seguidores no Facebook

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Foto: PÚBLICO

O PÚBLICO encabeça os sítios de informação portugueses com mais seguidores no Facebook. Este domingo, atingiu a marca dos 100 mil, número muito acima do registado pelos restantes jornais diários, semanários, revistas e televisões.

O director do Observatório da Comunicação, Gustavo Cardoso, explica o fenómeno com a “visão comum” partilhada pelo jornal, “pioneiro na Internet”, e pelos leitores que utilizam aquela rede social. O também professor do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa encara o Facebook como um “catalisador”, que criou condições para o encontro de ambos num mesmo espaço.
Gustavo Cardoso, em comentário à diferença de resultados alcançados pela restante imprensa, sublinha que os leitores querem “aprofundamento” das notícias. “Não querem notícias requentadas do
Guardian ou do El País, querem as perspectivas que os jornalistas do PÚBLICO têm para lhes dar”, analisa.

A interacção que o jornal estabeleceu com os leitores complementa a explicação. O editor de Comunidades do PÚBLICO, Alexandre Martins, releva a “presença constante” no Facebook, o critério na partilha de notícias e a intervenção nos debates que estas suscitam. O jornalista nota que o crescimento da comunidade está a ser acompanhado por um estímulo crescente à participação dos leitores, através de trabalho feito à medida para aquela rede, e que o futuro passará pelo reforço dessa aposta.

A ideia de que o Facebook “deve ser mais do que um receptáculo” é secundada pelo editor do ÍPSILON, também presente na rede. Vasco Câmara considera “fundamental” construir algo “autónomo, mais arejado e mais amplo”, através daquela comunidade de internautas. “O Facebook veio dar uma nova imagem do suplemento. A interacção, que permite comentar e acrescentar ideias aos artigos, dá aos leitores uma nova visão”, frisa. “Há gente que tinha desistido de comprar o jornal em papel e voltou a fazê-lo.”

Os números


O


Diário de Notícias

é, com cerca de 50 mil seguidores, o título da imprensa diária que surge em segundo lugar nesta contagem. O jornal

i

, o

Correio da Manhã

, cada um com mais de 30 mil, e o

Jornal de Notícias

, com cerca de 29 mil, aparecem logo abaixo e têm, juntos, uma expressão menor do que a do PÚBLICO.

Os diários desportivos também: A Bola (cerca de 50 mil), Mais Futebol e Record conseguem, os três, um número idêntico ao do PÚBLICO a solo. Os especializados Jornal de Negócios e Diário Económico registam pouca adesão dos utilizadores do Facebook, a maior rede social da Internet.

Nos semanários, só emparelhando Sol (cerca de 48 mil) e Expresso (43 mil) se consegue uma aproximação aos 100 mil. Nas revistas, Visão e Sábado, juntas, também não atingem a marca. A Time Out Lisboa, com mais de 58 mil, falha a ombrear com o PÚBLICO, mesmo se adicionar aos seus seguidores os das revistas Time Out Porto, Caras, Nova Gente e TV Mais.
A relação mantém-se quando se olha para o número de seguidores das televisões, com clara hegemonia sobre a estação pública: o universo da RTP, com cinco canais, vale pouco mais de 61 mil. O mesmo sucede com as duas páginas da TVI (25 mil, aproximadamente). Os temáticos da SIC – Notícias, Radical e Mulher – têm juntos menos seguidores do que o PÚBLICO (92 mil). A SIC generalista tem cerca de 30 mil.

As rádios informativas passam, ao todo, os 70 mil seguidores – a TSF, com mais de 50 mil, é que tem maior expressão, seguida da Renascença e da Antena1. O PÚBLICO é apenas ultrapassado por três emissoras dedicadas ao entretenimento, a RFM com quase 200 mil, a Comercial, que está a chegar aos 180 mil, e a Antena3, a bater nos 110 mil. Mais afastadas nos números estão Nova Era, Radar, Antena2 e Rádio Nova.

A presença do PÚBLICO no Facebook estende-se ainda aos cadernos Ípsilon, Fugas e Inimigo Público, assim como à secção Ecosfera e ao Cinecartaz, que chegou esta semana à rede social criada por Mark Zuckerberg, recentemente eleito pela revista Time como a personalidade do ano. Reunidas, estas páginas têm mais de 82 mil seguidores.

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