A Microsoft e a Google anunciaram que as mensagens deixadas no Twitter vão passar a estar acessíveis, em tempo real, nos seus motores de busca (Bing e Google, respectivamente). Ou seja, se um utilizador fizer uma busca por, vamos supor, “Saramago+Bíblia”, em qualquer um destes dois apontadores, as mensagens deixadas pelos utilizadores do Twitter a falar sobre este tema passam a constar da lista de resultados. De forma instantânea.

Estes acordos cimentam a importância da busca em tempo real e intensificam a rivalidade entre a Microsoft e a Google.

O Bing já pôs em funcionamento uma página especialmente dedicada a este tipo de buscas. A página Bing Tweets (http://bingtweets.com/) mostra os tópicos mais populares mencionados no popular serviço de microblogging.

“Oferecemos [as informações] em tempo real”, assinalou Yusuf Mehdi, vice-presidente dos serviços “online” da Microsoft numa demonstração sobre este novo serviço, numa conferência sobre a Web 2.0 celebrada em São Francisco.

“Teremos acesso a toda a informação pública do Twitter em tempo real. Cada um deverá ser capaz de a utilizar em questão de minutos”, indicou.

A Google - que domina as buscas na Internet - não quis ficar de fora e também anunciou uma parceria: “Temos o prazer de anunciar que chegámos a um acordo com o Twitter para incluir as suas actualizações dentro dos nossos resultados de busca”, anunciou a directora do motor de busca da Google, Marissa Mayer, no blogue oficial da empresa californiana.

Mayer não forneceu, porém, nenhum detalhe acerca da data em que as mensagens do Twitter passarão a constar dos indexes de resultados nem se a Google vai disponibilizar uma página especial para esse efeito. “Desta maneira, da próxima vez que procurar uma informação que possa ser seguida em tempo real, como o estado da neve na sua estação de esqui favorita, encontrará tweets sobre o tema”.

A Microsoft, para além deste acordo com o Twitter, também estabeleceu uma parceria com o Facebook, que deverá chegar ainda mais longe que a integração com o site de microblogging, embora ainda não tenham sido divulgados pormenores acerca deste acordo. O Facebook tem uma forte ligação à Microsoft, uma vez que o gigante da informática investiu, em dois anos, 240 milhões de dólares na empresa.

Todas estas inovações têm como objectivo estimular o uso do Bing, lançado em Junho, e que conseguiu até ao momento “roubar” apenas uma pequena quota de utilizadores ao Google.