Nova rubrica

Sexta-feira é dia de palavras cruzadas no PÚBLICO na Escola

Como se chama uma conversa na qual alguém faz perguntas para publicar a informação obtida? A resposta encontra-se nas palavras cruzadas com que Paulo Freixinho estreia uma nova rubrica no PÚBLICO na Escola: “Vamos cruziscar”. Sempre com o universo dos media como pano de fundo. E não só.

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Paulo Freixinho

As palavras cruzadas fazem parte dos jornais. E agora vão também passar a fazer parte do PÚBLICO na Escola. Pela mão de Paulo Freixinho, criador das palavras cruzadas do PÚBLICO, entramos no mundo da linguagem relacionada com o jornalismo, os jornais, a rádio, a televisão, os novos media...

Todas as sextas-feiras, “Vamos cruziscar”. Todas as sextas-feiras, o desafio de umas palavras cruzadas para fazer — e portanto mais umas palavras a recordar ou a aprender, se for esse o caso.

Aprender é um verbo que qualquer pessoa que goste de fazer palavras cruzadas, nos seus tempos livres, facilmente associa a esse hábito tão enriquecedor do vocabulário. Quem nunca ficou a conhecer uma palavra nova através das palavras cruzadas?

O contacto de Paulo Freixinho, ao longo de quase 10 anos, com alunos de vários níveis de ensino leva-o a afirmar mesmo, sem hesitações, que “as palavras cruzadas são o melhor exercício para aprender ortografia e palavras novas”. Isto porque “os miúdos encaram aquilo como um jogo e isso ajuda a assimilar as coisas de uma forma mais divertida, mais natural”. Pode tornar também mais fácil “fixar aquelas palavrinhas que não deveriam passar ao lado”, quando são lidas, mas que tantas vezes acabam por não deixar rasto.

Defensor da oficialização das palavras cruzadas como prática pedagógica, o cruziverbalista acredita que “se os miúdos tivessem, uma vez por semana, um momento, na aula de Português, para fazer palavras cruzadas”, esse hábito contribuiria para melhorar os resultados.

Nas suas idas às escolas Paulo Freixinho transporta, com as palavras cruzadas, uma atenção particular, tendo em conta os destinatários. Em “Vamos cruziscar” manterá o mesmo cuidado. Para além de dar a conhecer vocábulos relacionados com os media, procurará incluir palavras que por regra representam maiores dificuldades para os mais novos: aquelas em que aparecem cedilhas, ou que têm zês, ou em que não é logo óbvio se se escrevem com “o” ou com “u”...

E, claro, palavras “difíceis”, que eles nunca ouviram, bem como outras, banais, que já pouco ou nada lhes dizem. Neste campo, conta, as surpresas sucedem-se. “Muitos alunos já não sabem o que quer dizer ‘residir’, por exemplo. Também já me aconteceu, nas escolas, ter de explicar que o buraquinho onde entra o botão chama-se casa. Ou que o pão tem miolo. Coisas dessas, simples, muitos já não sabem.”