CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO

Nesta Semana do Conhecimento, o skate e a filosofia valem o mesmo

Escola Secundária de Cacilhas-Tejo dinamiza 3.ª Semana do Conhecimento, um evento onde alunos, investigadores e músicos estão em pé de igualdade.

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Conversa "Da Folha em Branco à Canção" com os músicos Alfredo Costa e Carlão. Moderação de Alice Barreto, aluna do 12.º ano DR

Desde o dia 8 de maio, e até ao dia 12, a Escola Secundária Cacilhas-Tejo, em Almada, está transformada num pólo de partilha e divulgação do conhecimento. A 3.ª Semana do Conhecimento tem sido o pretexto para a dinamização de conversas, workshops e oficinas filosóficas que põem diferentes tipos de saber lado a lado — do skate à filosofia e à biotecnologia.

Já passaram pela escola de Almada nomes como Alfredo Costa e Carlão, músicos com ligação à cidade, para falar sobre o processo de escrita de canções; a professora de biologia Edígia Azevedo, para falar sobre fungos e biotecnologia; e o escritor António Carlos Cortez, para falar num painel sobre o futuro da educação. Na manhã do último dia, 12 de maio, o ex-futebolista António Simões, natural da Margem Sul, contará aos alunos a relação entre “O Futebol e a Crise Académica de 69” e como foi vivê-la.

Nesta Semana do Conhecimento, os convidados de fora são pessoas “que se destacam publicamente nos mais diversos domínios do conhecimento” e a sua presença é um fator “relevante”, mas os alunos são os grandes protagonistas — conta o professor João Maia, dinamizador do evento. Mobilizam workshops, moderam conversas, participam em Oficinas Filosóficas e apresentam Projetos de Cidadania desenvolvidos por si a partir de temas fraturantes da atualidade e que consideram importantes como “Saúde Mental e Sexualidade”, “Sustentabilidade e Consumo” ou “Os Jovens e a Política”.

João Maia, que é professor de filosofia, conta ao PÚBLICO na Escola que existe, desde a primeira edição, um cuidado com a diversidade do programa da Semana do Conhecimento, para que nela possam caber diferentes saberes, e que estes sejam percepcionados como igualmente válidos. Este evento, acredita, contribui para que a sua escola represente um “ensino público de excelência”, “mesmo com todas as dificuldades laborais que existem”. E para que os alunos possam superar-se a si mesmos — expandindo e partilhando os seus conhecimentos.