Bolsas Fundação “la Caixa”: Atrair, premiar e reter a investigação de excelência

Todos os anos, as bolsas Fundação “la Caixa” reconhecem e premeiam investigadores de excelência. Hoje vamos ficar a conhecer três desses nomes.

Desde o seu início que o programa de bolsas da Fundação “la Caixa” se afirma como o mais importante dos programas promovidos por entidades privadas, tanto espanholas como europeias, não só pelo número de bolsas atribuídas, como pela variedade de disciplinas que engloba. As edições multiplicam, mas o objectivo mantém-se: apoiar os melhores talentos em Portugal e em Espanha. A missão é a de não só os manter no seu país com as melhores condições, permitindo assim levar a cabo os seus projectos, como também internacionalizar o sistema de investigação espanhol e português, atraindo investigadores internacionais promissores. Salários competitivos e oportunidades complementares de formação em competências transversais são os pontos fortes destas bolsas e os resultados têm sido bastante positivos.

Em 2021, foram atribuídas 65 bolsas de doutoramento INPhINIT e 45 de pós-doutoramento Junior Leader a investigadores de excelência. Depois de atribuídas, estas bolsas vêm proporcionar um ambiente atractivo e com as condições necessárias para que a realização dos seus projectos seja possível.

O impacto na 1ª pessoa

Imaginar o impacto que estas bolsas trarão consigo, não é o mesmo do que o sentir na pele. Na 1ª pessoa. Miguel Alexandre Martins é o primeiro a partilhar o seu testemunho. Vencedor de uma bolsa de Doutoramento INPhINIT na Galiza, em Física Nuclear e de Partículas, afirma que esta foi uma oportunidade de estudar "numa instituição estrangeira e ganhar experiência com pessoas diferentes”. Mas mais do que uma forma de fomentar o networking, esta é uma oportunidade que alimentará o seu futuro: "Eu sinto que o impacto que esta bolsa vai ter no meu futuro será por um lado poder fazer networking com as pessoas que trabalham na minha área nesse instituto, que é um instituto de renome, e por outro é também uma oportunidade de me abrir mais portas em qualquer que seja o percurso que eu queira seguir”, acrescenta.

E se Miguel fez as malas para rumar até Espanha, o mesmo aconteceu com Giorgio Laverda, mas desta vez de Itália para Portugal. Estudante de Doutoramento em Física Teórica, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, conta que tudo começou por insistência do seu supervisor porque “até então nunca tinha ouvido falar nestas bolsas nem sabia nada sobre elas. Acabei por me candidatar por diferentes razões. É uma óptima bolsa, é competitiva, mas também nos dá imensos benefícios. Não só o salário, ter um sítio para trabalhar, mas também nos permite adquirir soft skills, permite-nos melhorar, participar em workshops, etc”. Para o doutorando, esta é uma oportunidade que abrirá todas as portas para o futuro. “Se pensarmos bem, este é o início de um processo que vai durar muitos e muitos anos. É realmente positivo que esta bolsa surja num momento tão crucial como este da minha formação. Permite-me começar com o pé direito no mundo académico”, reforça.

Já João Marques, bolseiro de Pós-Doutoramento Junior Leader, partilha que a razão da sua candidatura partiu da vontade de dar vida a um “projecto muito ambicioso”. É na Fundação Champalimaud que hoje se dedica a estudar o cérebro de um vertebrado simples, a larva de peixe-zebra, percebendo de que forma esta gera todo o seu repertório de movimentos. Na hora de balanços, não hesita em assegurar que a Fundação “la Caixa” acabou por “me dar os recursos necessários para o conseguir concretizar. Sem esta bolsa eu não o teria conseguido”.

Estes são apenas 3 dos vários percursos que todos os anos são impactados pelo Programa de bolsas. Se tem um projecto na gaveta ou gostava que estas bolsas fizessem parte do seu percurso, basta aceder ao site do Programa e esclarecer todas as dúvidas.