No meu tempo de criança, chamávamos jardim-escola ao que hoje é o ensino pré-escolar. Aliás, era esse o nome oficial do estabelecimento em que andei e do qual conservo memórias misteriosamente nítidas. A educadora era a Isabel, uma mulher jovem e doce. Havia uma senhora mais velha que nos ensinava a ler pela cartilha João de Deus. Lanchávamos com o que trazíamos de casa na cozinha, alinhadinhos (lembro-me da banana embrulhada no saco de guardanapo, um artefacto desaparecido, pelo menos em minha casa). Mais divertido era o facto de, no descampado ao lado do jardim-escola, haver a feira de gado às segundas-feiras e ser engraçado subir ao muro e ver as vacas e os bois.

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