Vinho do Porto: cores e aromas para todas as ocasiões

A versatilidade dos vinhos durienses tornam-nos companhia para ocasiões e palatos diferentes. A tempo de brindar aos 20 anos do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da Humanidade da UNESCO.

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Jose Gageiro
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Pelas acidentadas e verdejantes encostas que serpenteiam o rio Douro ao longo de 250 mil hectares já se produz vinho há mais de dois mil anos. Testemunhas da evolução dos saberes e costumes desde então até aos dias de hoje, há razões extra para brindar ao Alto Douro Vinhateiro, que tem estado a celebrar os 20 anos da sua classificação como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. Muito antes disso, já tinha feito História em 1756, quando se tornou na primeira região vínica demarcada e regulamentada do mundo, a reboque da criação da Companhia Geral da Agricultura.

Um legado que se traduz em visitantes de todas as partes do globo, atraídos pela conjugação dos cenários naturais com as colheitas que se produzem pelas três sub-regiões do Douro (Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior), seja nos vinhos do Douro ou do Porto, com perfis versáteis e distintos que os permite estarem presentes em qualquer mesa ou ocasião. É o resultado de uma equação que vive de solos xistosos, a protecção dos ventos atlânticos pelas montanhas do Marão e Montemuro, a proximidade ribeirinha e as variedades de vinha – socalcos, patamares ou vinha ao alto, entre outros factores.

Um vinho do Porto para cada ocasião

Aromas intensos e de grande persistência são transversais aos vinhos do Porto, mas variantes como o nível de doçura – do extra seco ao muito doce – e o tipo de envelhecimento ajudam a diferenciar os fortificados, tornando-os companhia segura para refeições – durante, antes ou depois destas -, mas também para uma conversa entre família e amigos ou simples momentos de descanso.

Evento IDVP @Francisco Paraiso
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  • Antes da refeição

O Porto Branco, servido fresco, é um bom aperitivo, acompanhando com petiscos como amêndoas torradas, salmão fumado ou figos secos. Um Porto Branco Seco, com água tónica, gelo e limão, pode ser a alternativa para quem prefere um cocktail.

  • Durante a refeição

O Porto Branco casa com comidas mais leves e os Late Bottled Vintage rimam com assados e bifes bem temperados, por exemplo.

  • No final da refeição

Com a chegada da sobremesa, os Late Bottled Vintage ou Vintage jovens e frutados pedem bolos e mousses de chocolate a acompanhar; a doçaria conventual casa com Tawnies 10 e 20 anos; as saladas de frutas, leite-creme e tartes de amêndoas harmonizam bem com Tawnies jovens ou 10 anos. Para os amantes de queijo de pasta mole, escolha entre um Ruby Reserva ou Late Bottled Vintage, ou um Tawny mais velho para os queijos mais intensos e de pasta dura. Depois disso, no café, um Tawny 20 anos ou mais velho é a parelha certa para um café e um Vintage Velho é a escolha certeira para quem prefira um serão sozinho em casa.

Cores e aromas para todos os palatos

Envelhecido em grandes cubas de madeira ou inox, os Porto Ruby são ricos e encorpados, lembrando notas de frutos vermelhos. Neste estilo, destacam-se os Porto Vintage, seleccionados nos melhores anos. Já o envelhecimento em pipas de madeira e a exposição gradual ao ar dos Porto Tawny dão-lhes evolução na cor – do tinto aloirado ao âmbar – e sabores que lembram os frutos secos, baunilha e caramelo. Podem ter indicação de idade, com as características sensoriais de um vinho que envelheceu em madeira nesse tempo indicado.

Nos Porto Brancos, as cores oscilam do branco pálido ao dourado e a amplitude mantém-se nos sabores extremos, do extrasseco até ao muito doce. Os apreciadores de cereja, framboesa e morangos podem optar pelos vinhos do Porto Rosé, aromáticos e suaves na boca, que devem ser servidos frescos ou também como base para cocktails.

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