O escritor senegalês Mohamed Mbougar Sarr, que aos 31 anos recebeu o mais prestigiado prémio literário francês pelo seu quarto romance A Mais Secreta Memória dos Homens, editado neste ano em Portugal pela Quetzal, está na capa do Ípsilon desta semana.

O primeiro autor da África subsariana a receber o Prémio Goncourt e o mais novo galardoado desde 1976 vive em França, e estava de partida para mais uma viagem quando o entrevistei pelo telefone. Na sua agenda atribulada, conseguiu quarenta e cinco minutos para o Ípsilon.

 
           
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          Há um mistério por desvendar no Alasca

Drama, suspense, Alasca e Hilary Swank. Estes são os ingredientes da nova série que chega à FOX Life em Dezembro. Uma série em que o mistério é uma constante.

         
           
 

Em A Mais Secreta Memória dos Homens reflecte sobre o que há de político no gesto da escrita e no amor pela literatura; satiriza o meio literário francês e da diáspora africana em Paris; questiona aquilo a que chamamos "plágio" na literatura. Este é um romance também sobre um escritor negro a viver em Paris e que "encontrou na literatura o seu país real; talvez o único".

Uma homenagem aos escritores Roberto Bolaño e Yambo Ouologuem e também ao Livro do Desassossego, uma obra a que regressa muitas vezes como me contou nessa conversa.

"Hei-de andar sempre à procura de Deus, toda a minha vida" afirma Frederico Lourenço nas páginas deste Ípsilon onde é entrevistado pela jornalista Bárbara Wong por causa da edição bilingue dos Evangelhos Apócrifos — gregos e latinos. A obra com tradução e comentários deste professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra foi editada pela Quetzal. 

"Não dou o crédito biográfico real a estes Evangelhos Apócrifos que dou — com alguma moderação — aos Evangelhos do Novo Testamento. [Os Apócrifos] correspondem àquilo que as pessoas queriam que Jesus tivesse sido — não podemos averiguar isso, porque não estava ninguém de telemóvel, a filmar Jesus para o TikTok ou para o YouTube, quando estava a falar", afirma no Ípsilon Frederico Lourenço. 

Sarah Bakewell, britânica de Bournemouth, é filha de um livreiro. Doutorou-se em Heidegger, começou por trabalhar numa fábrica de chá até se especializar enquanto bibliotecária em livros antigos. É professora na City University de Londres e escreveu a biografia  Como Viver. A Vida de Montaigne numa Pergunta e Vinte Tentativas de Resposta. A jornalista Isabel Lucas entrevistou-a para o Ípsilon e diz-nos que esta é uma biografia brilhante. 

Também o jornalista Mário Lopes se foi encontrar com Pedro Alves Sousa. O saxofonista tem em 2022 um ano de afirmação plena. Surge em seis álbuns e criou uma editora, a Futuro Familiar. Na sua música quer tocar o contínuo da vida. "Foi essa a lição que tirei do jazz", diz.

De 6 a 30 de Dezembro, a Cinemateca Portuguesa mostra a retrospectiva O Cinema Clássico de Dorothy Arzner, dedicada às obras sobreviventes da realizadora pioneira que quase ficou esquecida. O jornalista Rodrigo Nogueira conversou com especialistas na sua obra e conta-nos a história dela e de outras mulheres que trabalharam em Hollywood. 

Vasco Câmara também recorda a crítica da New Yorker Pauline Kael na crónica As Travessuras de Pauline,  O crítico Jorge Mourinha reflecte sobre a obra do cineasta sul-coreano Park Chan-wook quando se estreia o seu novo filme, Decisão de Partir, ao mesmo tempo que se recuperam obras anteriores à altura não estreadas entre nós. E o crítico Luís Miguel Oliveira conversou com a realizadora Rita Azevedo Gomes por causa do seu mais recente filme: O Trio em Mi Bemol.

As crónicas habituais de António Guerreiro e de Ana Cristina Leonardo já estão online. 

O crítico José Marmeleira já viu a nova exposição de Gabriel Abrantes que se inaugurará na próxima segunda-feira à noite na galeria Francisco Fino. É composta de novos trabalhos em pintura e com recurso à inteligência artificial. No Ípsilon, visita guiada com o também realizador. Marmeleira escreve também sobre a exposição colectiva Outros Mundos

E também no Ípsilon, o jornalista Gonçalo Frota nos fala do novo álbum de Vasco Mendonça e conversa com o músico sobre esta sua obra Play Off e também sobre a ópera O Lobo, a Menina e o Caçador. Também no Ípsilon há uma entrevista com a cantora e instrumentista Surma (Débora Umbelino) que regressa com um novo álbum.

Nesta sexta-feira, além do Ípsilon o jornal PÚBLICO traz a uma revista dedicada a Agustina Bessa-Luís no ano do seu centenário de nascimento. Ao longo dos próximos dias, os textos deste especial poderão ser lidos a partir daqui.

A convidada do 22.º Encontro do Leituras, que aconteceu a 13 de Setembro, foi a escritora brasileira Andréa del Fuego, para uma conversa sobre o seu romance A Pediatra, publicado no Brasil e em Portugal pela Companhia das Letras.​ Este novo episódio do podcast Encontro de Leituras já está disponível nos canais habituais e também aqui e no site Leituras, o site do PÚBLICO dedicado aos livros. 

A próxima convidada do Encontro de Leituras, o clube do livro do PÚBLICO e do jornal Folha de S. Paulo, é Pilar del Río. 
A presidente da Fundação José Saramago estará no último Encontro de Leituras do ano, que acontecerá em 13 de Dezembro, às 22h de Lisboa e às 19h de Brasília. Vamos discutir o livro A Intuição da Ilha, publicado em Portugal pela Porto Editora e no Brasil pela Companhia das Letras. Estão todos convidados. Podem inscrever-se para receber informações sobre este clube de leitura em encontrodeleituras@publico.pt

Na próxima semana já estará cá o Vasco Câmara, eu estarei de volta à newsletter do Leituras.