Na quarta-feira de manhã, Berlusconi "apunhalou pelas costas" Giorgia Meloni, sua colega de coligação. "Meloni assusta e sob sua liderança podemos perder as eleições." O partido de Meloni, Irmãos de Itália (FdI, pós-fascista), é favorito nas sondagens: entre a direita, estas dão-lhe quase 25% das intenções de voto, contra 15% para a Liga de Salvini e 8% para a Força Itália (FI) de Berlusconi. Por isso ela exige ser primeira-ministra se a direita vencer. Ao fim do dia, numa cimeira tripartida, fizeram as pazes e evitaram a ruptura. Concordaram: "Quem designa o chefe do Governo são os italianos", ou seja, os votos. Em compensação. Meloni aprova a entrada de muitos centristas nas listas eleitorais. São boas palavras, porque a seguir voltarão as disputas. Berlusconi disse que quer 20% dos eleitos, o dobro do que as sondagens lhe dão. A comédia é inseparável da política à italiana.

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